Cabo Senna repudia projeto que prevê quarentena a policiais, juízes e militares
01 setembro 2021 às 14h51

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Moção de repúdio foi sugerida na tribuna do plenário da Câmara Municipal de Goiânia, nesta terça-feira, 31

Após apresentação de nova versão do Código Eleitoral pela relatora Margarete Coelho (PP-PI) na Câmara dos Deputados, que prevê quarentena de cinco anos para militares, policiais, juízes e promotores que quiserem disputar eleições, vereador Cabo Senna (Patriota) sugere, em tribuna, moção de repúdio à proposta. Essa foi uma das mudanças previstas pelo novo documento que contém mais de 900 artigos.
Apesar de não acreditar que a proposta vá ser aprovada, Senna considera esta uma proposta que atropela a Constituição Federal, fere a democracia e faz acepção das pessoas que devem ou não representar a população na política. “Eu sou policial militar, então para eu ser candidato vou ter que, 5 anos antes do pleito, dizer ao meu comandante que quero ser candidato a vereador e pedir dispensa? E eu vou receber sem trabalhar? Ou eu não vou receber?”, questiona.
Para o vereador, uma proposta como essa pode desestimular as pessoas a se candidatarem. “Outra coisa é que isso não pode ser mudado através de uma lei, mas por uma Emenda Constitucional, e eu tenho certeza que isso não vai passar. Se passar, todos os deputados ali precisam ganhar uma Constituição Federal de presente”, diz.
A eventual aprovação deste projeto, caso a sanção ocorresse a tempo de entrar em vigor em 2022, ou seja, até outubro deste ano, eventuais candidaturas como as do ex-ministro da Justiça Sergio Moro e do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello ficam vedadas.
Para a apresentação da nova matéria, a relatora afirmou ter acolhido pedidos de diversos partidos que “tinham certa unanimidade” e usado como referência textos que já tramitavam na casa anteriormente.