Bruno Peixoto nega desistência, mas fala em “desestímulo” para disputar prefeitura
01 agosto 2016 às 17h11
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Em entrevista, deputado admite que está “desestimulado” para disputar eleições por dificuldades em composição partidária
Desde que o líder peemedebista Iris Rezende resolveu anunciar sua aposentadoria política, o PMDB goiano padece em busca de representatividade para bancar uma candidatura própria. O atual nome do partido é do deputado estadual Bruno Peixoto. O pré-candidato, entretanto, tem dado sinais de desistência pelo que define de “desidratação de composição”.
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Em entrevista nesta segunda-feira (1º/8), a quatro dias das convenções da legenda, Bruno garante que tem trabalhado arduamente para viabilizar seu nome, mas alega dificuldades e divergências, que vem dificultando a tarefa. Ele nega que tenha entregado os pontos, conforme chegou a ser especulado na imprensa goiana, mas pondera que não sairá candidato sem um número expressivo de aliados.
“Não tem especulação. Fiquei desestimulado em virtude da composição, porque todo candidato espera ter um leque de partidos. Temos que pensar Goiânia e temos que trabalhar para uma composição partidária. Estamos buscando um maior número de partidos, até para que tenhamos um bom tempo de TV”, argumentou.
O cenário interno no PMDB ficou ainda mais complicado no final da última semana, quando o deputado federal Lucas Vergílio, do Solidariedade, pesou as críticas contra a legenda, após a Executiva Metropolitana peemedebista decidir, por unanimidade, que lançaria chapa pura de vereadores, proibindo coligação proporcional. “PMDB só olha para o próprio umbigo e isso é complicado”, disse Lucas em entrevista, logo após o Solidariedade decidir que não iria andar mais ao lado do partido.
Bruno, que chegou a lamentar a decisão da legenda em declaração anterior, reforçou que é adepto ao diálogo, mas que já havia firmado um compromisso com os pré-candidatos a vereador. “Foi deliberada a não coligação proporcional e, impedida essa coligação, é claro que teremos dificuldades para a majoritária”, lamentou.
Questionado se a tendência é mesmo que desista de disputar as eleições, o deputado diz que irá manter as negociações, mesmo “desmotivado”. “No que depende mim, estou 100% na disputa, mas não dá para o PMDB lançar um candidato sem partidos”, ressalvou.
Sobre a vice, Bruno disse que, caso se viabilize, o nome com certeza sairá de um partido aliado. Ele adianta que já tem nomes em mente, mas prefere não adiantar. “Prefiro manter em sigilo para não expor diálogos e acabar fortalecendo partidos opositores”, diz.