A disfunção erétil atinge uma grande parcela dos homens. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 15 milhões de brasileiros sofrem com o problema. O número equivale a 30% da população do País. As causas vão desde problemas psicológicos como ansiedade, que atinge principalmente os mais jovens, doenças crônicas como diabetes, tabagismo e outras.

Embora haja no mercado medicamentos como Viagra e Cialis (tadalafila), eles não funcionam para todos, especialmente para quem tem condições de saúde mais graves. Outras soluções, embora mais invasivas, também podem ser opções para o problema como injeções no pênis ou a prótese peniana, que consiste em um par de tubos inseridos cirurgicamente no órgão.

Em busca de solução para o problema de milhões de brasileiros, o farmacologista Rodrigo Fraga Silva criou um neuroestimulador artificial acionado por controle remoto. O dispositivo da startup Comphya ainda está em fase de testes, implantado em 12 pacientes do Brasil e da Austrália. A expectativa é que chegue ao mercado até 2027.

“Pensei: por que não podemos usar a neuroestimulação em humanos? Seria como implantar um marca-passo que estimula o coração, mas para tratar a disfunção erétil”, disse o médico e empreendedor.

Farmacologista e empreendedor mineiro Rodrigo Fraga-Silva

Veja o funcionamento do dispositivo:

A ideia surgiu, segundo Rodrigo, quando ele realizava experimentos de neuroestimulação em ratos durante pesquisa de pós-doutorado em farmacologia, na Suíça. Para que a ideia saísse do papel, ele fundou uma startup, onde também desenvolve outros dispositivos e tecnologias na área.

Ao todo, 12 pacientes têm a tecnologia implantada, sendo sete na Austrália e cinco brasileiros. As duas condições, que impedem o funcionamento de remédios para disfunção erétil via oral, são o foco de utilização do dispositivo, ao menos no início.

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