Brasil amplia participação de mulheres na ciência e País é o terceiro mais bem colocado
09 março 2024 às 13h04
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Em duas décadas, o Brasil alcançou quase 50% de pesquisadoras que assinam publicações científicas no País. No começo dos anos 2000, esse índice era de 38%. Com isso, o País alcançou a terceira colocação de maior participação feminina na ciência, num universo com 18 da União Europeia. Os dados foram divulgados pela Elsevier-Bori Em, divulgado na última sexta-feira, 8.
O relatório resultante dessa parceria cita que Argentina e Portugal ocupam os primeiros lugares no ranking. Ambos têm maioria (52%) de mulheres como autoras dos artigos.
O crescimento também foi observado nas áreas de tecnologia, engenharia, matemática e inglês. Nesse caso, a porcentagem era de 35% em 2020 e passou, em 2022, para 45%. O relatório também registra que, nessas áreas do conhecimento, houve uma desaceleração no aumento da participação das pesquisadoras desde 2009-2010.
Desafios
Apesar do avanço nessas, há, ainda, desafios a superar. Um deles consiste em obter mais equilíbrio independentemente do tempo de experiência das pesquisadoras. Isso porque, conforme ressalta o relatório produzido, à medida que a carreira avança, o que se constata é a redução da presença de mulheres.
No período de 2018 a 2022, as mulheres com até 5 anos de experiência foram autoras ou coautoras em mais da metade (51%) das publicações. A parcela cai para 36% quando se confere sua existência entre autores com mais de 21 anos de estrada
Nos últimos 20 anos, a proporção de pesquisadoras que assinam publicações científicas no país saltou de 38% para 49%. O Brasil é o terceiro colocado na lista dos locais com maior participação feminina na ciência, que conta com 18 países mais a União Europeia. Os dados constam do relatório da Elsevier-Bori Em direção à equidade de gênero na pesquisa no Brasil, lançado nesta sexta-feira (8).
A Elsevier é uma empresa holandesa, que atua na produção de conteúdo científico e técnico, enquanto a Agência Bori tem como missão a valorização das evidências científicas por meio da divulgação à imprensa. O relatório resultante dessa parceria cita que Argentina e Portugal ocupam os primeiros lugares no ranking. Ambos têm maioria (52%) de mulheres como autoras dos artigos.
O que se observou para fazer a análise foi a base de dados Scopus, a partir da ferramenta da Elsevier. O recurso é capaz de fazer um recorte de gênero, de forma binária, ou seja, com um limite de alcance.
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