Foi aprovado pela Comissão de Fiscalização e Controle, um requerimento feito pelo deputado federal Elias Vaz (PSB-GO), que fará com que o ministro Walter Braga Netto, tenha que ir à Câmara para explicar uma nota feita em tom de ameaça contra o trabalho que vem sendo desenvolvido por todos os envolvidos na Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia. 

Walter Braga Netto terá que explicar texto feito em tom de ameaça aos parlamentares envolvidos na CPI da Pandemia.

Segundo o texto da nota “As Forças Armadas não aceitarão ataque leviano às instituições que defendem a democracia e a liberdade do povo brasileiro”. Esse parecer foi emitido depois que o senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI da Pandemia, afirmou que membros das Forças Armadas do Brasil estariam envolvidos nas “falcatruas do governo”. 

Elias Vaz ressaltou que nenhum tipo de intimidação ao trabalho parlamentar de fiscalização de agentes públicos será aceito. Ainda de acordo com o deputado, o trabalho das Forças Armadas e do Ministério da Defesa não é atacar quem investiga a corrupção, mas sim investigar e responsabilizar quem comete crimes. Elias relembrou ainda  que os militares não estão imunes a práticas irregulares, uma vez que no começo deste ano foram reveladas compras de alimentos como salmão, picanha, bacalhau e até mesmo cerveja para o Exército, a Marinha e a Aeronáutica, que chegavam à casa dos milhões de reais. 

Além disso, Elias Vaz deu detalhes do requerimento apresentado por ele e por outros deputados do PSB, ao Ministério Público Federal e ao Tribunal de Contas da União, em que foram evidenciados indícios de fraudes em licitações das Forças Armadas para beneficiar empresas ligadas a militares e a um ex-capitão do Exército expulso por irregularidades e condenado em 2019 por corrupção. A suspeita é de que o esquema tenha movimentado cerca de R$ 150 milhões.