Braga Netto deverá ir à Câmara dos Deputados para explicar ameaças feitas à CPI da Covid
13 julho 2021 às 13h41
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Solicitação da presença do ministro da Defesa foi feita pelo deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) e subscrita por Kim Kataguiri (DEM-SP), Léo de Brito (PT-AC), José Nelto (Podemos-GO), Padre João (PT-MG) e Hildo Rocha (MDB-MA)
Requerimento do deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) que solicita a presença do ministro da Defesa Braga Netto à Câmara dos Deputados para explicar nota enviada com tom de ameaça contra o trabalho realizado pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia é aprovado. Solicitação foi subscrita pelos deputados Kim Kataguiri (DEM-SP), Léo de Brito (PT-AC), José Nelto (Podemos-GO), Padre João (PT-MG) e Hildo Rocha (MDB-MA).
Na nota assinada pelo ministro e pelos comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica é dito que as Forças Armadas não aceitarão um “ataque leviano às instituições que defendem a democracia e a liberdade do povo brasileiro”. A afirmação foi uma resposta a declaração do presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD), que disse que há muitos anos “o Brasil não via membros do lado podre das Forças Armadas envolvidos com falcatrua dentro do governo”.
“Não vamos aceitar intimidação ao trabalho parlamentar de fiscalização de agentes públicos. A lei é para todos, doa a quem quer. O papel das Forças Armadas e do Ministério da Defesa não é tentar esconder irregularidades e atacar quem investiga corrupção, mas sim identificar e responsabilizar quem comete crime”, disse o deputado.
Elias Vaz ainda reformou que as Forças Armadas não estão imunes a irregularidades, uma vez que, na semana passada, o parlamentar pessebista representou ao Ministério Público Federal e ao Tribunal de Contas da União, junto a outros deputados da sigla, fortes indícios de fraude em licitações das Forças Armadas em prol de beneficiar empresas que funcionam no Mercado Municipal de Benfica, no Rio de Janeiro. ligadas a militares. Essas empresas também estariam ligadas a um ex-capitão do Exército que foi expulso por irregularidades e condenado por corrupção. Somente esse esquema pode ter movimentado cerca de R$ 150 milhões.
Em fevereiro, o deputado pessebista já havia revelado compras milionárias de picanha, bacalhau, filé mignon, salmão cerveja que foram realizadas para atender membros do Exército, Marinha e da Aeronáutica. Vários processos foram abertos em estados diferentes pelo Ministério Público Federal.