Um bombeiro do Distrito Federal foi preso no domingo, 28, suspeito de atirar balear uma mulher na cabeça após uma briga de bar em Alto Paraíso de Goiás, no nordeste de Goiás. A corregedoria do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) informou, em nota, que apura o “suposto envolvimento de um militar da corporação”.

A vítima, moradora do Distrito Federal, foi socorrida e levada para uma unidade de saúde da região. No entanto, segundo familiares, ela foi transferida para o Hospital de Base, passou por uma cirurgia e está estável. O Corpo de Bombeiros do DF informou que vem acompanhando toda apuração do caso e que, se as informações forem confirmadas, a corporação vai tomar as medidas administrativas necessárias.

Nas imagens, a mulher, identificada como Jully da Gama Carvalho, de 30 anos, estava ao lado do marido em um bar. Segundo a família da vítima, o esposo de Jully confrontou um homem que teria assediado a mulher. Quando ela tentou intervir, ocorreu um empurrão, seguido de um soco, desencadeando uma briga generalizada que levou todos a deixarem o estabelecimento.

“Enquanto estava na fila para realizar o pagamento, o militar estava olhando o celular da mulher. O noivo, incomodado com a situação, foi tirar satisfação”, explicou o delegado da Polícia Civil (PC-GO) José Antônio Machado Sena, que investiga o caso. As agressões começam por volta de 0h47 (veja abaixo).

Fora do bar, os familiares de Jully entraram em seu carro para ir embora, mas o outro homem apareceu armado e disparou. Os parentes só perceberam que Jully foi atingida quando chegaram ao local de hospedagem. Um parente, que preferiu não se identificar, relatou que ela começou a vomitar muito, momento em que seu irmão a segurou, percebendo que ela estava gravemente ferida.

“O disparo atingiu a região encefálica de uma das vítimas. O companheiro foi até a residência, tirou a vítima do carro já inconsciente”, explicou o delegado.

Prisão e repercussão

O bombeiro envolvido na briga foi preso sob a acusação de tentativa de quádruplo homicídio. O militar da ativa não teve seu nome divulgado, e por isso, a reportagem não conseguiu localizar sua defesa.

A investigação está sendo conduzida pela Polícia Civil de Goiás. Durante interrogatório, o militar confessou o crime e disse que efetuou o disparo sem a intenção de atingir ninguém. Para a PCGO, no entanto, houve sim a intenção de matar.

O amigo do militar também foi preso porque em um dos momentos ele se apropria da arma sem devida posse para isso. Uma das testemunhas afirmou que houve perseguição ao carro. A Polícia Civil vai confirmar e, posteriormente, divulgará o relatório conclusivo do caso.

Em nota, o Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás esclareceu que o indivíduo envolvido em uma briga com disparo de arma de fogo não pertence à corporação goiana. “O militar em questão faz parte do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF). Reforçamos que o CBMGO segue comprometido com a segurança e bem-estar da população, mantendo seus padrões éticos e de conduta”, disse a corporação.