Prefeito de Goiânia aposta na virada do presidente durante a campanha eleitoral, contando com nomes fortes nos estados 

Em entrevista exclusiva ao Jornal Opção nessa terça-feira, 31, o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos) tratou de diversos assuntos políticos e administrativos, sem titubear. Dentre eles, o apoio ao projeto de reeleição do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL). Ao fim, o chefe do Paço Municipal ainda fez ‘palhinhas’, com violão, das músicas Valentia de Um Homem, do cantor Benito Di Paula, e Trem das Onze, de Adoniran Barbosa.

Para Cruz, Bolsonaro tem feito um trabalho importante à frente do Poder Executivo, ao priorizar o papel da família. “Primeiro que nós vemos, e todos nós sabemos disso, é a questão da defesa da família. Nós defendemos muito o auge da família, quando eu digo família é de modo geral, não estamos aqui especulando nada. Ele tem tido esse olhar especial para as questões da família. Eu acho que isso é um ponto primordial. Segundo ponto, é um homem que fala o que pensa e direto”, salienta Cruz, citando que Bolsonaro é um oficial treinado do exército e, por isso, teria uma comunicação direta com os interlocutores. “A transparência, no meu ponto de vista, no ser humano, é a melhor coisa que existe”, acrescenta.   

Apesar de não mencionar equívocos, o prefeito aponta que há erros na gestão do presidente, mas para ele, a maioria não são graves e, por isso, possíveis de serem reparados. Mas, para tanto, Bolsonaro não tem a liberdade para governar como gostaria. “Claro, ele tem uma certa, podemos dizer assim, limitação, qualquer gestor tem uma certa limitação. Ele não pode fazer tudo que ele quer e tudo que ele pensa”, pontua. Nesse sentido de não possuir poder absoluto, Cruz compara a administração federal com a dele e de qualquer gestor executivo. “Existe a limitação, no meu caso aqui, eu estou gestor da cidade, mas eu tenho limitação, eu tenho que acompanhar sugestões do Ministério Público e do TCM. E o Governo Federal não fica para trás, ele tem que seguir sugestões do STF e de outras mais”, salienta. 

Acerca da baixa avaliação do presidente em contraponto ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Rogério classifica o petista como “uma força tradicional do Nordeste”. No entanto, em 2018, quando Lula estava preso e a legenda vinha de uma gestão desastrosa politicamente e econômica, que culminou no impeachment da então presidente Dilma Rousseff, a região também foi fundamental para eleger Bolsonaro. “Então isso fez com que uma camada do Nordeste fosse então optar por Bolsonaro. Eu acredito ainda, nós estamos aí, começando o mês de junho, que pode haver uma reviravolta. Nós temos aí vários nomes que estão sendo indicados por ele (Bolsonaro) nos estados isso muda muita coisa”, frisa o prefeito, emendando que quando são apresentados nomes que representam o Governo Federal “a situação muda”, principalmente nos estados nordestinos.