Em entrevista coletiva o presidente eleito afirmou que, “se errou, irá responder sem nenhum problema”

Presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) I Foto: REUTERS/Adriano Machado

Em entrevista concedida à imprensa na manhã deste sábado, 8, após um encontro na Marinha do Rio de Janeiro, o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL) voltou a falar sobre o repasse, no valor de R$ 24 mil, feito pelo ex-assessor parlamentar Fabrício José de Queiroz à sua esposa.

Queiroz assessorou o deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL), filho do presidente eleito, durante sua passagem pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). Segundo informações da ‘UOL’, Bolsonaro teria afirmado que o dinheiro foi repassado para quitar parte de uma divida pessoal com Fabrício.

O capitão reformado do exército justificou a não declaração dos valores em seu Imposto de Renda (IR) dizendo que os repasses não ocorreram de uma só vez e que, ao longo do tempo, se avolumaram.

Sem demonstrar preocupação com o ocorrido, Jair Bolsonaro declarou à imprensa que, se tiver errado, responderá por isso “sem nenhum problema”. Ainda na coletiva, Bolsonaro chegou a considerar os constrangimentos envolvendo o nome de sua esposa, Michelle Bolsonaro e justificou que os depósitos só foram realizados na conta de Michelle devido sua falta de tempo de ir ao banco.

Jair Bolsonaro disse também que os valores foram repassados através de dez cheques no valor de R$ 4 mil, porém, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) diagnosticou movimentações atípicas na conta do ex-assessor entre os anos de 2017 e 2018, equivalentes a R$ 1,2 milhão.

Ainda segundo informações do portal de notícias, esse diagnóstico não caracteriza irregularidades por parte das movimentações realizadas pelo ex-assessor, apenas demonstram que as atividades registradas fogem do padrão esperado.Em outubro deste ano Fabrício José Carlos de Queiroz foi exonerado da Alerj. Ele atuava no Parlamento como segurança do deputado Flávio Bolsonaro.