Na quinta-feira (10), presidente disse que teria pedido a Marcelo Queiroga fazer um estudo que desobriga pessoas vacinadas a usar principal proteção contra a Covid

Presidente Jair Bolsonaro. Sérgio Lima/Poder360 05.05.2021

O presidente Jair Bolsonaro sinalizou, na manhã desta sexta-feira (11), recuar do pedido feito pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para elaborar um estudo que desobriga o uso de máscara por pessoas vacinadas contra o coronavírus. Em entrevista a jornalistas na entrada do Palácio da Alvorada, Bolsonaro disse que caberá ao ministro, governadores e prefeitos esse tipo de decisão.

“Ontem [quinta-feira (10)] pedi para o ministro da Saúde fazer um estudo sobre máscara. Quem já foi infectado e quem tomou a vacina não precisa usar máscara. Mas quem vai decidir é ele, vai dar um parecer. Se bem que quem decide na ponta da linha é governador e prefeito. Eu não apito nada, né? Segundo o Supremo, quem manda são eles. Mas nada como você estar em paz com a sua consciência”, disse.

Ontem, Bolsonaro disse, durante evento do Turismo no Palácio do Planalto, que tinha se reunido com o Queiroga e solicitado o parecer. O presidente citou viagens que tem feito nacionalmente e ironizou reportagens que noticiam que ele visita os lugares sem o uso do equipamento de proteção.

Bolsonaro esteve na última quarta-feira em Anápolis para uma agenda em uma igreja evangélica. Durante toda agenda, o presidente não usou máscara, promoveu aglomerações e novamente defendeu medicamentos sem eficácia comprovada contra a Covid-19.

“Vou dar uma matéria para vocês aí: acabei de conversar com um tal de Queiroga. Não sei se vocês sabem quem é. Nosso ministro da Saúde. Ele vai ultimar um parecer visando a desobrigar o uso de máscara por parte daqueles que estejam vacinados ou que já foram contaminados para tirar esse símbolo (mostra máscara), que, obviamente, tem a sua utilidade para quem está infectado”, apontou.

Bolsonaro, no entanto, não citou datas. E Queiroga ainda não se pronunciou sobre o assunto. A medida do uso de máscaras não foi decidida pelo governo federal, mas, sim, por estados, municípios e Distrito Federal.