Bolsonaro pede congelamento de salários de funcionários públicos
21 maio 2020 às 16h03

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Veto de presidente para impedir revisão de salários seria contrapartida de socorro de R$60 bilhões aos estados, municípios e Distrito Federal

Em videoconferência com governadores, o presidente da República Jair Bolsonaro (Sem Partido) e os presidente da Câmara e Senado, Rodrigo Maria (DEM-RJ) e Davi Alcolumbre (DEM-AP), pediu apoio ao veto que congela reajuste do funcionalismo público até o fim de 2021. A reunião virtual ocorreu nesta quinta-feira, 21.
A maioria dos governadores deram aval à decisão. Reinaldo Azambuja (PSDB-RS) reiterou o apoio e afirmou que não haverá recursos suficientes para reposições salariais.
A decisão é uma contrapartida exigida pelo governo, aos R$60 bilhões de socorro financeiro aos estados, municípios e Distrito Federal aprovado pelo Congresso. No entanto, os parlamentares do Congresso blindaram profissionais da Saúde, Assistência Social e Segurança dessas medidas.
“Temos que trabalhar em conjunto a sanção de um socorro aos senhores governadores, de aproximadamente R$ 60 bilhões, também extensivo a prefeitos”, disse Bolsonaro. Para ele, o congelamento dos reajustes é “o remédio menos amargo, mas de extrema importância para todos os 210 milhões de brasileiros”.
Apesar dos últimos desentendimentos do presidente com governadores, a reunião teve tom de cordialidade uma “trégua”, mesmo que momentânea.
“Todos nós estamos dando uma cota de sacrifício, é um momento ímpar da história do nosso país. A maioria dos governadores entende a importância de vetar esse artigo (sobre reajuste de servidores)”, declarou Azambuja.