Bolsonaro garante permanência de Pazuello e Salles
16 julho 2020 às 23h08

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Presidente elogiou a gestão do ministro da Saúde interino e do ministro do Meio Ambiente e defendeu militares em cargos dos ministérios

O presidente Jair Bolsonaro garantiu que não vai demitir o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e nem o ministro da Saúde interino, Eduardo Pazuello. As afirmações foram feitas em live realizada nas redes sociais na noite desta quinta-feira, 16.
Em entrevista ao Jornal das Dez, da GloboNews, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou que “tudo indica” que o presidente Jair Bolsonaro substituirá o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, o que, segundo Mourão, aconteceria em breve.
Os dois chefes das pastas vem recebendo muitas reclamações sobre o trabalho executado, mas Bolsonaro defendeu que ambos são “excepcionais ministros”.
“Ricardo Salles fica, a não ser que queira sair” disse presidente. “Está fazendo um excepcional trabalho. Alguns (fiscais) acham que, sem ministro do Meio Ambiente, mostram trabalho com aplicação de multa. Multa é o último caso. Primeiro, orienta. Falam que ele desmontou a máquina de fiscalização. Desmontou nada, mas está fazendo a coisa certa. Não pode um produtor rural ter pavor de receber fiscal. Foi o que fizemos no Brasil, que é seguir a lei”, comentou o presidente.
Já sobre o ministro da Saúde interino, Bolsonaro comentou: “Seria excelente se tivesse um médico e gestor. Mas, infelizmente, é difícil coordenar essas duas funções. Agora, ele tem abaixo de si uma série de profissionais de saúde, militares, gente que o acompanhou ao longo da carreira. É uma pessoa certa no lugar certo. Ele está indo muito bem lá. Se conversar com governadores e muitos prefeitos que têm pedido socorro ao Ministério da Saúde, eles estão sendo prontamente atendidos”
Militares no governo
A presença de Pazuello na liderança da pasta foi criticada pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Mendes apontou a militarização do Ministério da Saúde e destacou que a atual ocupação interina feita por um militar não condiz com os requisitos técnicos do cargo. O magistrado ainda declarou que o Exército está se associando a um “genocídio” pela falta de ação da Saúde para combater a Covid-19.
Bolsonaro comentou que “alguns querem a saída dele porque (tem) a militarização”.
“Vocês estão com saudades dos ministros da Dilma, Lula e Fernando Henrique? É proibido militar na política? É proibido militar ser ministro? Não” disse presidente.