Bolsonaro empregou e quase triplicou salário da esposa em gabinete na Câmara
08 dezembro 2017 às 13h46
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Matéria do jornal Folha de S. Paulo revela mais um caso de nepotismo envolvendo o presidenciável
Matéria do jornal “Folha de S. Paulo” desta sexta-feira (8/12) revela mais um caso de nepotismo envolvendo o deputado federal e pré-candidato à presidência Jair Bolsonaro (PSC-RJ). Conforme revela a publicação, ele empregou por um ano e dois meses a atual esposa em seu próprio gabinete na Câmara.
Durante este período, Michelle ainda foi promovida e viu o salário saltar de R$ 2.900 para R$ 8.040. Conforme consta em documentos da Casa de leis, ela foi contratada no dia 18 de setembro de 2007 e sua exoneração só ocorreu em novembro de 2008, dois meses depois de o Supremo Tribunal Federal consolidar o entendimento de que a Constituição de 1988 proíbe a prática do nepotismo na administração pública.
Esta não é a primeira vez que Bolsonaro lota familiares em seu gabinete. Ele já foi acusado no anos 1990 de usar verbas da Câmara para empregar familiares de sua ex-esposa Ana Cristina Vale. Reportagem recente de “O Globo” que abordou o caso também cita outro episódio de nepotismo envolvendo o deputado: a contratação de um de seus filhos, Eduardo (PSC-SP), atualmente deputado federal.
Conforme destaca a reportagem da “Folha”, apesar de o Supremo só ter reafirmado a questão há dez anos, a vedação ao nepotismo já estava expressa na lei que trata do regime jurídico dos servidores públicos civis da União, de 1990.