O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu orientação de sua defesa para não comparecer ao julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), cuja fase final começa nesta terça-feira, 2. Segundo advogados, a presença de Bolsonaro não seria favorável ao ex-presidente.

Apesar da recomendação, a decisão de Bolsonaro ainda não está definida. Segundo publicado anteriormente pelo Jornal Opção, ele ainda avalia se participará da sessão.

Para comparecer ao julgamento, Bolsonaro precisaria solicitar autorização ao STF, já que cumpre prisão domiciliar desde o mês passado, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes.

Até a manhã desta segunda-feira, 1º, nenhum pedido formal havia sido apresentado, e a defesa do ex-presidente não se manifestou sobre o tema. Bolsonaro será julgado junto a aliados por suposta participação em uma trama golpista contra o governo Lula (PT).

A Procuradoria-Geral da República (PGR) acusa o ex-presidente e sete aliados de seis crimes, incluindo organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União.

O julgamento começa nesta terça-feira com a abertura da sessão pelo presidente da Primeira Turma do STF, ministro Cristiano Zanin, seguido pelo relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, que apresentará um resumo do processo.

Em seguida, o Procurador-Geral da República, Paulo Gonet, terá até duas horas para apresentar a acusação da PGR, pedindo a condenação de Bolsonaro e seus aliados. Depois, a defesa do ex-presidente iniciará sua apresentação.

Cronograma do julgamento no STF:

  • 2/9 (terça): 9h às 12h / 14h às 19h
  • 3/9 (quarta): 9h às 12h
  • 9/9 (terça): 9h às 12h / 14h às 19h
  • 10/9 (quarta): 9h às 12h
  • 12/9 (sexta): 9h às 12h / 14h às 19h

Enquanto Bolsonaro ainda decide sobre sua presença no julgamento, aliados intensificam convocações nas redes sociais para o 7 de Setembro, com o objetivo de demonstrar “pressão popular” e apoiar pautas do campo da direita, como o movimento “Anistia Já”.

Do outro lado, grupos de esquerda também promovem manifestações com os slogans “Brasil Soberano” e “O Brasil é dos brasileiros”, contra a anistia e em defesa de pautas progressistas.

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