Em meio a divergências com atual vice-presidente, Hamilton Mourão, nomes para disputa eleitoral de 2022 ao lado de Bolsonaro começam a aparecer

O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que seu atual vice, o general Hamilron Mourão (PRTB), pode “até” compor novamente a chapa dele nas disputa ao Palácio do Planalto em 2022, mas que prefere optar por um nome que o “ajude”. “O pessoal dá tapinhas nas costas quando tem medida positiva. Quando tem uma salgada, ninguém quer ficar ao seu lado”, disse Bolsonaro. Com divergências com o general ao longo deste ano, Bolsonaro chegou a declarar, em julho, que Mourão “atrapalha um pouco”, mas é obrigado a “aturar”.

Afirmando que Mourão não é um nome riscado para compor a chapa, o chefe do Executivo, até o momento, não decidiu, mas disse também que buscará um vice que “agregue” e tenha “conhecimento”. No começo deste mês, Bolsonaro afirmou que a prioridade é que o possível vice, além de competente e competitivo, seja do Nordeste ou Minas Gerais, uma vez que são um dos maiores colégios eleitorais do Brasil. 

“Alguns nomes para vice começaram a circular na imprensa. Eu já falei que o nome que circular tá riscado. Já tem dois nomes para possíveis vice riscados. Alguns ministros talvez, ou gente da assessorada deles, quer se cacifar para dizer que ele é o ‘bam bam bam’. Esses já estão cortados. Eu falei que o ideal pensando em voto, além da competência, é um nordestino ou mineiro”, declarou Bolsonaro.

Algum dos nomes que já circularam na mídia foi o da própria ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, a Damares Alves. O nome da ministra foi levantado por ela possuir grande apoio da ala mais conservadora do governo. O deputado Marco Feliciano (Republicanos-SP), vice-líder do governo no Congresso, também já foi citado por ser  um dos nomes mais conhecidos da bancada evangélica. Além dele, o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, o terceiro cotado, por sua vez, é do Nordeste, o que poderia garantir votos nesta região como espera Bolsonaro.