O presidente diz que tomará as medidas racionais contra nova variante e que o cancelamento do carnaval não é uma ingerência sua

O presidente da Republica, Jair Bolsonaro (sem partido), disse na última sexta-feira, 26, que o Brasil e o mundo não aguentam um novo lockdown. O tema foi abordado por Bolsonaro durante as comemorações do 76º Aniversário da Brigada de Infantaria Paraquedista, no Rio de Janeiro, quando abordou a possibilidade da chegada de uma nova variante da covid-19, como está sendo cogitada com a cepa surgida na África do Sul e que tem se espalhado por outros países.

Segundo Bolsonaro, “tudo pode acontecer” com esta nova variante do coronavirus, mas o seu intuito dele é se preparar para enfrentar a variante, porque não quer um novo “lockdown”.

“Temos que nos preparar. O Brasil, o mundo, não aguenta um novo lockdown. Vai condenar todo mundo à miséria e a miséria leva à morte também. Não adianta se apavorar. Encarar a realidade. O lockdown não foi uma medida apropriada. Em consequência da política do ‘fique em casa e a economia a gente vê depois’, a gente está vendo agora. Problemas estamos tendo”, acrescentou Bolsonaro.

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Sobre a possibilidade de fechar fronteiras, o presidente disse que não tomará nenhuma medida irracional, porém o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (Progressistas), já anunciou algumas medidas, como o fechamento da fronteira com seis países da África, onde a nova variante está com altos índices de transmissibilidade.

Entre as possíveis medidas restritivas está o cancelamento do carnaval de 2022. Bolsonaro, porém, disse que não tem ingerência sobre a realização de festas de carnaval, que são afeitas aos níveis estaduais e municipais de governo.

“Eu vou tomar medidas racionais. Carnaval, por exemplo, eu não vou pro carnaval. A decisão cabe a governadores e prefeitos. Eu não tenho comando no combate à pandemia. A decisão foi dada, pelo STF, a governadores e prefeitos. Eu fiz a minha parte no ano passado e continuo fazendo. Recursos, material, pessoal, questões emergenciais, como oxigênio lá em Manaus”, disse.

Segundo ele, o Brasil é um dos países que melhor está saindo na economia na questão da pandemia. “Nós fizemos a nossa parte. Se o meu governo não tiver alternativas, todo mundo vai sofrer, sem exceção. Não vai ter rico, pobre, classe social. Temos certeza que dá para resolver esses problemas. Eleições são em outubro do ano que vem. Até lá, é arregaçar as mangas, trabalhar. Tem 210 milhões de pessoas no Brasil que, em grande parte, dependem das políticas adotadas pelo governo”, ressaltou Bolsonaro.