Jair Bolsonaro acredita que investigações a 86 assessores de Flávio na Alerj tentam prejudicar sua imagem

Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

O presidente da República Jair Bolsonaro falou por dez minutos nesta sexta-feira, 20, aos jornalistas, em frente ao Palácio da Alvorada, em sua primeira saída para despachos do dia. Exaltado, acusou Itabaiana, juiz responsável pela quebra de sigilo dos assessores de Flávio Bolsonaro, de proteger o governador Wilson Witzel (PSC), que teria dado um cargo fantasma para sua filha, Nathália Menescal Braga Itabaiana Nicolau no governo.

Irritado, Bolsonaro afirmou que o Rio de Janeiro é o estado mais corrupto do Brasil e, que mesmo assim, não pede investigação de gente pública. Ainda, falou que dentre as 86 pessoas ligadas ao gabinete de Flávio na Alerj, das quais foram investigadas, muitos não tinham nada a ver. Quando perguntado se considerava o filho culpado, respondeu: “Eu não sou juiz. Sem problema comigo. Quer botar manchete lá, presidente considera filho…”

Para Bolsonaro, tudo não passa de um conluio entre a imprensa e Witzel contra ele.

Em meio às entrevistas, o presidente levantou a voz e apontou o dedo para a imprensa. Por diversas vezes, mandou “ficarem quietos”. Também ironizou a homofobia e disse a um dos jornalistas que havia perguntado sobre Flávio ter cometido deslizes que ele tinha “uma cara terrível de homossexual”.