Com acordo, Organização Arnon de Mello pode reduzir débito de R$ 64 milhões para R$ 19 milhões, com prazo de mais de dez anos para pagamento

O BNDES divulgou nesta segunda-feira, 11, que chegou a um acordo com a Organização Arnon de Mello (OAM) para aprovar um plano de recuperação judicial. A empresa de comunicação pertence à família Collor de Mello, que já acumula dívida de um total de R$ 64 milhões. O banco estatal é o detentor de 70% do débito do grupo e, caso aceite a proposta, terá uma carência de 12 meses para o início do pagamento e prazo de 126 meses até sua conclusão.

Após quase três meses de negociação, um aditivo já havia sido incluído ao plano pela empresa devedora na última semana. Agora, nova proposta cria uma condição diferente para bancos públicos, mas inclui apenas o BNDES na lista. Desde a primeira assembleia geral dos credores, realizada em 12 de abril deste ano, a OAM já negociava com o BNDES.

A Assembleia foi suspesa para ajustes no plano e chegou a ser reiniciada, passando por nova suspenas. Nas duas oportunidades, o reagendamento ocorreu porque o BNDES teria demonstrado insatisfação com a proposta, que previa deságio de 80% e carência de 18 meses para quitar o débito.

Na próxima quarta-feira, 13, deve ocorrer um novo – e definitivo – encontro com os credores, para decisão de aprovação ou rejeição ao plano. Caso seja reprovado, a empresa segue para o processo de falência. Se aprovado, vai para homologação judicial. Em ambos os casos, cabem recursos das partes envolvidas.