BNDES pode anular eleição de fundador da JBS para comando da empresa
18 setembro 2017 às 11h13

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Em entrevista ao “O Globo”, presidente do banco afirmou que reunião que elegeu o novo presidente foi convocada às pressas e defende outros dois nomes

Maior acionista individual da JBS, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) quer anular a eleição de José Batista Sobrinho, conhecido como Zé Mineiro, fundador da empresa e pai de Wesley Batista, afastado do cargo após ser preso na última semana.
Em entrevista ao jornal “O Globo”, o presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro, afirmou que a reunião que elegeu o novo presidente teria sido convocada às pressas na noite do último sábado (16/9), sem previsão para que os conselheiros pudessem deliberar sobre o processo de sucessão.
Ainda segundo Rabello, Claudia Santos, representante do banco no Conselho da multinacional, teria votado por conta própria e, por isso, irá consultar a área jurídica da insituição para a avaliar a possibilidade de suspender a eleição.
Zé Mineiro foi eleito por unanimidade para cumprir o mandato do filho, que tem fim apenas em 2019. Ele é fundador da JBS, empresa que teve início no ano 1953 como um pequeno açougue na cidade de Anápolis.
Com o nome da multinacional imersa em escândalos de corrupção, a intenção da BNDES é afastar a família Batista do comando da companhia. Gilberto Tomazoni, presidente global de operações da JBS, e Gilberto Xandó, presidente da Vigor, são as opções defendidas pelo banco para a assumir a presidência.