Empresários, que já tiveram seus negócios afetados pela pandemia, agora temem o não cumprimento dos prazos por parte da prefeitura de Goiânia e, consequentemente, o afastamento da clientela

Comerciantes da região central estão preocupados com o novo bloqueio realizado pela prefeitura de Goiânia na manhã desta segunda-feira, 26, entre a Praça Cívica e a Rua 3. O trecho foi interditado pela administração municipal para dar continuidade às obras do BRT.

No entanto, os comerciantes e populares que circulam pela região temem um novo descumprimento em relação aos prazos firmados, bem como os “rastros de destruição” deixados pelas equipes que trabalham no local.

Em entrevista ao Jornal Opção, o presidente da Associação Comercial e Industrial do Centro de Goiânia (Acic), Uilson Manzan, destacou que os comerciantes entendem a necessidade de conclusão da obra, porém, esperam que haja mais atenção por parte do Poder Público.

“Apesar das informações desconexas, o que temos é que ela deverá ser concluída até 26 de junho. Nosso pedido é que o prazo seja cumprido. Os comerciantes já foram naturalmente afetados pela pandemia, agora, com mais esse trecho bloqueado e as obras gerando dificuldades para os eventuais compradores, podemos ver muitos empresários fechando as portas”, disse.

Segundo Manzan, apenas nesse trecho, mais de 600 negócios serão afetados tanto pelas modificações no transito, quanto pelas interdições realizadas para execução do projeto do BRT.

Rastros de destruição

O presidente da Acic também chamou atenção para os destroços deixados pelas equipes que trabalham no local e que, anteriormente, já realizaram o mesmo serviço em outros trechos da região.

“Ninguém fiscaliza a empreiteira responsável pela obra. Depois o que vemos são calçadas quebradas, tubulações abandonadas em via pública, materiais descartados indevidamente, enfim, todo tipo de rastro de destruição. Precisamos que a Secretaria de Infraestrutura (Seinfra) fiscalize a execução, caso contrário só teremos mais e mais problemas”, desabafou.