Bem-estar: novo estudo indica que crianças podem se beneficiar com dispositivos digitais

13 novembro 2021 às 10h20

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Liderada por uma equipe do Instituto de Genética Comportamental da Universidade do Colorado, a pesquisa analisou dados sobre a saúde infantil e o desenvolvimento do cérebro de crianças

Uma nova pesquisa, liderada por uma equipe do Instituto de Genética Comportamental da Universidade do Colorado, em Boulder, nos Estados Unidos, analisou dados sobre a saúde infantil e o desenvolvimento do cérebro de quase 12.000 crianças com idades entre nove e dez anos. Os resultados mostraram que mais tempo de tela estava relacionado a maiores redes de amizade.
Os pesquisadores testaram a hipótese de que “a natureza social do tempo de tela fortalece os relacionamentos entre os colegas e permite que eles permaneçam conectados, mesmo quando separados.”
‘Screen high’
Outro estudo, feito pelo Oxford Internet Institute, ligado à Universidade de Oxford, no Reino Unido, baseado em dados de mais de 35.000 crianças e seus cuidadores, sugere que aqueles que passam entre uma a duas horas por dia envolvidas em atividades com televisão ou dispositivos digitais têm melhores níveis de bem-estar social e emocional.
Exageros
Para aqueles pais que deixam seus filhos ficar horas sem fim em frente à tela e já estavam começando a se sentir menos culpados com essa reportagem, uma ressalva de grande importância. Como diz Nabuco, coordenador do Grupo de Dependências Tecnológicas do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (USP), tudo é uma questão de equilíbrio. Tempo em excesso causa, sim, grandes problemas para crianças e adolescentes. A lista inclui uma série de prejuízos para a saúde e o bem-estar, incluindo aumento do risco de miopia; problemas com habilidades de comunicação, resolução de problemas e interações sociais; problemas para dormir e até aumento do risco do desenvolvimento de doenças mentais, como depressão e ansiedade.
Fonte: Revista Época