Conforme o diretor de atenção à saúde do município, no entanto, o pequeno Davi foi atendido primeiramente pelo Samu e ao chegar à unidade já estaria sem vida

Reprodução/TV Anhanguera
Reprodução/TV Anhanguera

Um bebê de apenas 11 dias de vida morreu neste domingo (14/9), segundo o pai da criança, por negligência do sistema de saúde pública de Goiânia. O pai da criança, Ivair Lopes, afirma que buscou atendimento no Centro de Assistência Integral à Saúde (Cais) Chácara do Governador, na capital, por volta das 6h30. Ao chegar ao local, no entanto, foi informado que três médicos deveriam estar na unidade, mas, naquele momento, não havia nenhum.

O pequeno Davi, que pesava quase 3 kg e media 57 centímetros, foi atendido primeiramente pelo Samu e ao chegar à unidade já estaria sem vida. Ao menos foi o que garantiu o diretor de atenção à saúde da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Sandro Rodrigues, em entrevista à TV Anhanguera, na manhã desta segunda-feira (15).

Sandro também alegou que não houve qualquer negligência por parte da unidade, uma vez que, segundo ele, quando se chega ao Cais o primeiro atendimento é de responsabilidade da área de enfermagem. O profissional garantiu que, como se tratava de uma parada, todo o atendimento necessário à criança foi acionado pelo centro de assistência.

O Instituto Médico Legal (IML) recolheu o corpo de Davi cerca de seis horas após a morte do recém-nascido. Ivan registrou uma ocorrência contra o Cais no 8º Distrito Policial de Goiânia.

Déficit de médicos

A falta de médicos nos atendimentos de urgência da capital já é uma constante para a população mais carente. Volta e meia surgem novas repercussões sobre casos de cidadãos que buscam socorro em unidades de saúde municipal e encontram os Cais sem médicos para realizar os atendimentos.

A última crise aconteceu no final de julho. À época, o titular da SMS, Fernando Machado, em entrevista ao Jornal Opção Online, alegou que a falta de médicos não seria uma particularidade desta gestão ou mesmo do município. De acordo com ele, 91% das unidades estariam com suas escalas cobertas e os déficits seriam apenas nos plantões de finais de semana.