O ex-ditador sírio, Bashar al-Assad, exilado na Rússia desde 2024, em local desconhecido, foi hospitalizado em estado grave por envenenamento, mas teria sobrevivido à tentativa de assassinato, segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos. De acordo com o relatório da entidade, Assad, de 60 anos, estava em Moscou no último dia 20, quando foi levado às pressas a um hospital da capital russa, destinado apenas a altas figuras do regime de Vladimir Putin. O documento afirma que ele foi internado em estado crítico, mas conseguiu se recuperar e recebeu alta na última segunda-feira (30). Atualmente, Assad está em casa, sob forte esquema de proteção.

Até o momento, o governo russo não comentou as alegações. Envenenamentos e supostos suicídios são considerados marca registrada dos serviços secretos russos (antiga KGB). Acredita-se que a tentativa de assassinato tenha sido uma forma de comprometer o governo de Putin, que, em dezembro de 2024, concedeu asilo político a Assad, sua família e membros do seu governo em Damasco, após uma ofensiva de grupos jihadistas que tomaram o poder.

O novo regime sírio, liderado pelo ex-militante da Al Qaeda Ahmed al-Shaara, vem solicitando a extradição de Assad para que ele possa ser julgado na Síria. Os sírios também acusam a Rússia pelos bombardeios indiscriminados que mataram milhares de pessoas durante a guerra civil, que começou durante a “Primavera Árabe”, em 2011, e só terminou em dezembro do ano passado, após 13 anos de conflito. A entrada da Rússia no conflito intensificou as disputas sectárias na Síria, que, desde março deste ano, é palco de genocídio contra as minorias alawita, cristã e drusa por tropas governamentais.

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