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Vereadores veem tranquilidade na relação do Executivo com o Legislativo, mas complexidade do plano pode gerar ruído

Solenidade de posse do prefeito Rogério Cruz | Foto: Lívia Barbosa / Jornal Opção

A base do prefeito Rogério Cruz (Republicanos) na Câmara Municipal parece dar tranquilidade para que tenha um início de gestão sem grandes estremecimentos. Em cálculos de aliados, o Paço conta com pelo menos 28 vereadores. No entanto, a tramitação do Plano Diretor, prometido para esse semestre pode gerar ruídos.

O Plano Diretor está em análise por técnicos da prefeitura para adequações da nova equipe em cima das exigências estabelecidas pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO). O texto foi recolhido da Câmara pelo ex-prefeito Iris Rezende (MDB) após polêmica gerada por emenda para expansão do zoneamento urbano da capital.

Neste sentido, avaliação é o que retorno do Plano à casa pode testar a base de Rogério Cruz. O vereador Henrique Alves (MDB) aponta que o prefeito tem dados sinais de uma relação harmoniosa com o Legislativo, com reunião na semana passada e novas reuniões a serem feitas com o secretariado.

No entanto, ele ressalta que é preciso ver qual o projeto do Plano Diretor será encaminhado, pois os vereadores têm autonomia. “É um projeto complexo, polêmico, mas já foi discutido na Câmara. Apesar de termos uma renovação na câmara, é possível caminhar sem estremecimentos. A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e Comissão Mistar, por onde irá passar, tem nomes ligados ao Paço”, diz.

Oposição

O vereador Mauro Rubem (PT) avalia que o prefeito pode ter facilidade, mas que a oposição fará seu trabalho em apontar o que preciso ser corrigido. Ele aponta que a grande preocupação sua é na gestão da Saúde, que dá indícios de manter a mesma política de Iris.

“Foi a pior gestão que tivemos na área. É preciso ter a intervenção correta. Assim como o transporte público. O prefeito não pode ficar negociando com os empresários a vida das pessoas. Temos que discutir e resolver os problemas”, aponta.

A vereadora Aava Santiago (PSDB) diz ter uma boa relação com o prefeito, mas salienta que base é algo construída e vê disponibilidade para construção da base. Ela diz estar aberta a ouví-lo.

“O que eu não negocio são as minhas bandeiras. Se as minhas demandas em relação a escola pública, maternidade, infância e juventude periférica estiverem contempladas vai ser ótimo, vamos trabalhar em colaboração. No momento em que for preciso pontuar discordância, estarei à disposição para fazer”, diz.