O Banco Mundial anunciou que deve dobrar os investimentos no agronegócios para US$ 9 bilhões por ano até 2030. O banco acredita que o aumento da produtividade agrícola e de rendas ajudará a criar empregos, aumentar receitas e melhorar a qualidade dos alimentos.

“Práticas de produção inteligentes em relação ao clima significarão menos emissões e ar e água mais limpos. No geral, uma melhor qualidade de vida”, disse o banco em nota.

Segundo a instituição financeira, a abordagem vem na esteira de tendências que vem remodelando o cenário do agronegócio. Essas tendências são as mudanças climáticas, inovações em finanças, digitalização e soluções para fragmentação.

Além disso, há a intenção de aproveitar a demanda por alimentos que deve crescer 60% nas próximas décadas. Essa demanda também deve e responder a uma necessidade de empregos em mercados emergentes.

“Estamos em uma encruzilhada, e o caminho que escolhermos hoje determinará o futuro”, disse o presidente do Banco Mundial, Ajay Banga. Para ele, a abordagem conta com “pequenos agricultores e organizações de produtores no centro” do ecossistema.

Outro ponto citado pelo Banco Mundial são os braços do setor público que podem ajudar os países a desenvolver regulamentações e padrões, que garantem que os produtos estejam em conformidade com os requisitos demandados pelo mercado para exportação.

“Na área de financiamento climático, eles podem ajudar os governos a redirecionar parte dos US$ 1,25 trilhão em subsídios para combustíveis fósseis, agricultura e pesca para incentivar práticas mais verdes, desbloqueando uma fonte significativa de financiamento para o setor agrícola”.

Por fim, o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) também deverá trabalhar com organizações de pequenos agricultores e produtores para melhorar sua produtividade e resiliência climática. Isso ocorre para tornar fornecedores viáveis para atender à escala, consistência e padrões de grandes empresas.

Outro membro do banco Mundial, o IFC, deve entrar em estágios posteriores do processo para fornecer financiamentos par equipamentos e, também, conectar cooperativas com empresas que buscam fontes confiáveis ​​de produção, quando elas estiverem prontas para investimento privado.

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