Segundo líder do partido na Assembleia, deputados se reuniram com prefeito Iris Rezende para debater proposta que consideram autoritária

Deputados José Nelto e Waguinho: PMDB trabalhará contra proposta | Foto: André Costa/ Jornal Opção

A bancada do PMDB na Assembleia se reuniu, nesta segunda-feira (6/3), com o prefeito de Goiânia, Iris Rezende (PMDB), para discutir o projeto de lei que cria o Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Goiânia (Codemetro). Segundo o líder do PMDB, José Nelto (PMDB), o compromisso dos parlamentares é tentar barrar a proposta na Casa.

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Segundo ele, a bancada se propõe a debater o projeto, “mas com seriedade”. Para o deputado, o conselho vai acabar com a autonomia dos municípios e das câmaras municipais e transformá-las em “meras secretarias do Governo Estadual”. “É um projeto politiqueiro, autoritário e inconstitucional. Se passar, vamos entrar com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin)”, ameaçou.

Sobre a questão de o projeto ter sido elaborado em cumprimento a uma lei federal, o deputado afirmou que a determinação deve ser obedecida, mas sem excesso. “Tem que colocar no estado inteiro, tem o entorno de Brasília, que é uma região populosa também”, defendeu ele.

“O prefeito ficou de ter uma conversa com o governador, mas se não resolver, vamos mobilizar todas as Câmaras, é uma luta suprapartidária”, afirmou o deputado. Além da criação do Codemetro, diz José Nelto, os peemedebistas também discutiram a municipalização da água e do esgoto.

Política

Na reunião também houve espaço, de acordo com José Nelto, para a discussão das eleições de 2018. A orientação de Iris, disse, é para trabalhar a candidatura própria do partido, sem vetar eventuais novas filiações, como a do senador Ronaldo Caiado (DEM). Segundo ele, o nome do deputado federal Daniel Vilela (PMDB) não enfrenta resistência do prefeito.

“Tem que se viabilizar, mas o Iris não se opõe a ninguém”, garantiu. A parceria do partido com o PT, acrescenta, também não está descartado. “Não podemos ter veto, temos que ter projeto, uma alternativa para o estado de Goiás. Não vamos rejeitar ninguém”, explicou.