Tucano defende ainda que comissão firme acordo com o juiz federal Sérgio Moro para compartilhamento de informações

Deputado federal Alexandre Baldy | Foto: Renan Accioly
Deputado federal por Goiás Alexandre Baldy | Foto: Renan Accioly

A prisão do empresário e pecuarista José Carlos Bumlai nesta terça-feira (24) repercutiu diretamente na CPI do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que tem o deputado federal goiano Alexandry Baldy (PSDB) como sub-relator de contratos internos da comissão.

Bumlai prestaria depoimento nesta tarde sobre as suspeitas de tráfico de influência e de favorecimento em contratos firmados pelo Banco. Por isso o tucano considera que os trabalhos contribuíram com as investigações que culminaram na prisão do pecuarista.

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O deputado defende que a CPI firme acordo com o juiz federal Sérgio Moro para compartilhamento de informações. “Muitos negócios de Bumlai envolvem diretamente o BNDES.”

Nesta manhã, a Polícia Federal esteve na sede do BNDES, no Rio de Janeiro, para obter relação de cópias de contratos que estão sob suspeita. O empresário foi detido durante a deflagração da 21ª fase da Operação Lava Jato. Esta é a primeira vez que as investigações alcançam o BNDES. Caso haja resistência, o juiz Sérgio Moro pode deferir um pedido de apreensão dos documentos.

“Esse fato demonstra a importância de aprofundarmos as investigações, pois a cada dia surgem novos indícios de que houve tráfico de influência na obtenção de crédito junto ao BNDES. Ficou comprovado empréstimo feito à empresa de Bumlai, na realidade, se destinava ao PT”, avalia o tucano.

Baldy ainda reage, com estranheza, ao fato do empresário não ter confirmado presença na CPI mesmo estando na capital federal. Segundo ele, a defesa do depoente pararam de atender a secretaria da CPI e não confirmaram que o pecuarista estaria presente para prestar depoimento.