Consulta feita pelo deputado Delegado Waldir ainda deve ser apreciada pelo pleno do TSE, porém, se até lá isso não ocorra, prevalece o entendimento do ministro 

Após pareceres favoráveis da Procuradoria Eleitoral e da equipe técnica do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) acerca da candidatura isolada ao Senado, o ministro Ricardo Lewandowski se pronunciou a favor dessa possibilidade, nesta terça-feira, 14. Isso, poderá beneficiar as candidaturas a senador dos hoje pré-candidatos Alexandre Baldy (PP), Luiz do Carmo (PSC), Lissauer Vieira (PSD), deputados Delegado Waldir (UB) e Zacharias Calil (UB). No entanto, os dois últimos nomes são do mesmo partido, que precisará definir a indicação de apenas um deles. Superada a questão jurídica, há a questão política, se a coligação e o próprio governador Ronaldo Caiado (UB) vão optar por fragmentar a disputa por uma vaga à Câmara Alta do país.     

Defensor dessa tese, assim como Delegado Waldir, Alexandre Baldy acredita que a segurança jurídica, proporcionada pela Justiça Eleitoral, tende a beneficiar todos os nomes que queiram concorrer ao pleito. “Venho acompanhando esse processo desde o começo, pois acredito que restringir as candidaturas a apenas um nome para compor a chapa majoritária seria muito ruim para o eleitor”, opinou. Por outro lado, o presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, Lissauer Vieira (PSD), é contra o fracionamento da candidatura.

Com o posicionamento de Lewandowski e da procuradoria pela candidatura isolada por partidos da mesma coligação, ele afirma que isso revigora a candidatura dele ao cargo. “Sigo com minha pré-candidatura com a certeza de que estou desenvolvendo um bom trabalho, um trabalho em prol do povo goiano, que tanto precisa de um senador com força política e trânsito no Governo Federal. Conto com o apoio do meu partido (Progressistas) de prefeitos, prefeitas e vereadores. Estou preparado para dar o meu melhor nessas eleições. Agora, quem ganha é a democracia”, pontua.

A partir do entendimento do ministro, Baldy vê uma sinalização da aprovação plena e rápida da Corte sobre o assunto. “Percebemos uma coerência do ministro Ricardo Lewandowski ao se pronunciar sobre esta possibilidade, sábia decisões do ministro que defende a democracia e abre caminho para que a escolha popular através do voto seja respeitada nas urnas democraticamente”, comemora.