Balança comercial goiana bate recorde em dezembro
07 janeiro 2016 às 11h54

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Com recorde registrado no mês passado, Estado garante 23º superávit consecutivo. Em 2015, saldo ficou positivo em US$ 2,515 bilhões

Com exportações de US$ 550,840 milhões e importações de US$ 210,074 milhões, a balança comercial goiana de dezembro produziu saldo comercial de US$ 340,766 milhões, o maior superávit da história para o mês.
Os valores exportados também tiveram desempenho positivo ao registrar o segundo melhor resultado na série histórica iniciada na década de 1990. As exportações perdem apenas para o valor registrado em dezembro de 2012, quando as vendas externas de Goiás atingiram US$ 571 milhões, informa o governo.
As exportações do mês passado cresceram 22,5% em relação ao anterior (novembro) e 13,2%, se comparadas com dezembro de 2014. Por outro lado, as importações recuaram 15,5% e 40%, enquanto os saldos evoluíram 69,4% e 250%, no mesmo critério anterior.
O vice-governador e secretário de Desenvolvimento Econômico (SED), José Eliton (PSDB), ressalta que o bom resultado da balança comercial goiana no último mês do ano mostra que o Estado mantém o fôlego em sua corrente de comércio. “O vigésimo terceiro superávit comercial consecutivo refletem a força e a consistência dos produtos goianos no mercado internacional”.
O recuo de 4% nas exportações brasileiras, em dezembro, fez com que a balança comercial goiana também aumentasse sua participação nas vendas nacionais. De 2,78% de participação em dezembro de 2014, o percentual saltou para 3,28% no mês passado.
Superávit brasileiro
A balança comercial goiana fechou o ano de 2015 com superávit comercial (saldo positivo) de US$ 2,515 bilhões, apenas 1,7% abaixo do recorde histórico registrado em 2014. O resultado alcançado é fruto das exportações que somaram US$ 5,878 bilhões e importações que totalizaram US$ 3,363 bilhões.
Os números obtidos permitiram que o saldo goiano representasse uma fatia de 12,7% de participação na balança comercial brasileira. “É uma participação expressiva. A barreira geográfica existente, por estarmos distante dos portos, não tem sido empecilho para que Goiás se destaque, também, na área de comércio exterior”, defendeu José Eliton.
Em relação a 2014, as exportações goianas apresentaram recuo de 15,7% e as importações caíram 23,9%. Tanto nas vendas quanto nas compras, os números seguiram os mesmos percentuais de queda da balança nacional.
Produtos e destinos
A soja foi o produto mais exportado por Goiás em 2015. A venda do grão e seus derivados representaram 30,85% do total vendido ao mercado externo. As carnes (bovinas, de aves e suínas) participaram com 22,85%, seguido pelo milho com 11,21%.
Nesta ordem, completam a lista de principais produtos: o minério ferro-ligas, 7,64%; sulfeto de cobre, 5,76%; couros e derivados, 5,53%; açúcar, 4,76%; ouro, 4,23%; amianto, 1,21%; preparações alimentícias, 0,91%; outros produtos de origem animal, 0,84%; algodão, 0,75%; e gelatinas, 0,55%.
A Ásia foi o principal mercado comprador dos produtos goianos. Os países asiáticos receberam 49% das exportações goianas, com destaque para a China que respondeu por 26% do total das exportações goianas. A Índia comprou 4,5%, Coreia do Sul, 3,5%, Hong Kong, 3%, e Vietnam, 2,9%. A União Europeia foi responsável por 21,5%, com participação de 10,2% da Holanda e de 2,8% da Itália. O Oriente Médio foi o terceiro principal mercado. Eles receberam, em 2015, 9,4% dos produtos goianos exportados. Destaque para o Irã que comprou carnes e de aves, milho e soja. A África (4,8%), Europa Oriental (4,3%) e demais blocos (10,4%) completam o destino das exportações goianas.
No ano passado, Goiás enviou para o mercado externo 917 diferentes produtos para 145 países. O titular da SED atribui a diversidade e os bons números da balança goiana ao sucesso das missões comerciais empreendidas no decorrer dos últimos tempos. “Visitar os mercados para apresentar a qualidade da nossa produção ainda é o melhor caminho para se prospectar novos negócios”, afirmou.
Importações
Em 2015, os principais produtos importados por Goiás foram os produtos farmacêuticos, que representaram 29,2% das compras externas, veículos automóveis e suas partes, 21%, adubos e fertilizantes, 10,3%, máquinas e aparelhos mecânicos, 10,1%, produtos químicos orgânicos, 9%, máquinas e aparelhos elétricos e partes, 4,1%, plásticos e suas obras, 2,3%, instrumentos de ótica e fotografia, 2,3%, obras de ferro fundido, ferro ou aço, 0,83%, e borrachas e suas obras, 0,81%.
A Alemanha foi a principal origem das importações goianas. Os produtos comprados do país europeu representaram 14% do total importado por Goiás. Coreia do Sul, 13,7%, Estados Unidos, 13,3%, Japão, 12,9%, China, 9%, Suíça, 4,7%, Tailândia, 4,2%, Índia, 3,1%, Canadá, 2,7%, Rússia, 2,3%, completam o rol de principais fornecedores de mercadorias para o Estado. O vice-governador esclarece que as importações goianas são compostas, basicamente, por produtos e insumos utilizados pela indústria goiana. “Compramos, principalmente, insumos químicos utilizados pelas empresas farmacêuticas, veículos e suas partes, e adubos e fertilizantes”.
