Avião militar russo se parte ao meio em pleno voo e deixa 7 mortos; assista
16 dezembro 2025 às 14h45

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Um vídeo gravado por um morador da região de Ivanovo, na Rússia, mostra o momento em que um avião militar Antonov An-22 Antei se parte ao meio ainda no ar, segundos antes de cair em um reservatório. O acidente ocorreu há seis dias e deixou sete tripulantes mortos, a cerca de 250 quilômetros a nordeste de Moscou, longe da zona de guerra com a Ucrânia.
As imagens registram a ruptura da aeronave na seção traseira, logo após a asa. A cauda se desprende completamente antes de o cargueiro atingir a água. Partes do avião também caíram em terra firme. A área tem baixa densidade populacional, o que evitou vítimas no solo.
Inicialmente, autoridades russas informaram que o An-22 realizava um voo de teste após passar por reparos. A versão, no entanto, foi negada pela 308ª Fábrica de Reparos Aeronáuticos, que afirmou não ter realizado manutenção recente na aeronave.
Sem incêndio visível no momento da desintegração, surgiram especulações sobre possível sobrecarga como causa do acidente. A natureza da carga transportada não foi divulgada pelas autoridades aeronáuticas russas, que seguem investigando o caso.
O Antonov An-22 foi desenvolvido durante a Guerra Fria, nos anos 1960, para atender à expansão logística da União Soviética. Projetado para transportar tropas, veículos e cargas pesadas em longas distâncias, o modelo entrou em operação em 1969 e chegou a ser o maior avião do mundo, até o surgimento do Lockheed C-5 Galaxy.
A aeronave também foi concebida para operar em regiões remotas e pousar em pistas pouco preparadas, característica estratégica para a doutrina militar soviética. Apesar da idade avançada, o An-22 ainda era o modelo mais antigo de seu tipo em operação nas Forças Armadas da Rússia.
Para o especialista em aviação Alexey Zakharov, ouvido pelo jornal The Sun, o acidente reacende questionamentos sobre a manutenção da frota. “A principal questão é por que o comando da Aviação de Transporte Militar insistiu em manter uma aeronave tão problemática em termos de aeronavegabilidade”, afirmou.
A investigação oficial segue em andamento, sem prazo para conclusão.
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