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Além do peso superior ao permitido, o plano de voo aprovado estava irregular, aponta a Aeronáutica Civil colombiana

Colombianos atuam no resgate às vítimas do voo da LaMia: diante da tragédia, a excelência no trabalho | Foto: Luis Benavides
Gravações do avião explicaram detalhes do acidente | Foto: Reprodução

Autoridades colombianas divulgaram, na manhã desta segunda-feira (26/12), um relatório sobre o acidente com o avião que transportava o time da Chapecoense ocorrido no último dia 29 de novembro. Por meio de gravações de voz do avião, os oficiais da Aeronáutica Civil da Colômbia explicaram mais detalhes da queda, que vitimou 71 pessoas.

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“A aeronave tinha um peso superior ao permitido nos manuais”, afirmou o coronel Freddy Augusto Bonilla, secretário de segurança da Aeronáutica Civil. Segundo informações do Estadão, as autoridades da Colômbia também afirmaram que o piloto — um dos mortos no acidente — tinha consciência de que o combustível era insuficiente para o voo.

Segundo Bonilla, a Administração de Aeroportos e Serviços Auxiliares à Navegação Aérea da Bolívia (AASANA) não poderia ter aprovado o plano de voo da LaMia — empresa responsável pelo voo da Chapecoense.

A conclusão das autoridades bolivianas é semelhante à da Bolívia, que culpou o piloto e a empresa pela tragédia. Também foi aberto um processo contra a funcionária do aeroporto de Santa Cruz de la Sierra, que autorizou um tempo de voo igual à autonomia do avião, ignorando normas do setor.

De acordo com o secretário de segurança colombiano, as investigações não terminaram. Agora, eles procuram saber as razões da interrupção da gravação de voz antes da queda da aeronave. “A gravação para um minuto antes da queda e temos que saber o motivo”, disse.