Foco do Dia da Independência deve ser Brasília e São Paulo, onde Bolsonaro irá discursar para apoiadores na Esplanada dos Ministérios e, à tarde, na Avenida Paulista, após às três horas da tarde

Manifestantes pró-governo em frente ao MASP, na Avenida Paulista | Foto: Reprodução

Com o Dia da Independência, todas as unidades federativas do Brasil contarão com grandes movimentações a contra e pró-governo. No entanto, o foco do 7 de Setembro deve ser Brasília e São Paulo, onde Bolsonaro irá discursar para apoiadores na Esplanada dos Ministérios e, à tarde, na Avenida Paulista, após às três horas da tarde.

A Avenida Paulista é considerada como um local tradicional de grandes manifestações, de todos os cunhos políticos. Essa será a primeira vez que Bolsonaro estará na avenida para discursar e se aproximar de seus apoiadores. Para se dirigirem à São Paulo e marcarem presença no ato, bolsonaristas residentes no interior do país e em outras capitais próximas se organizaram em caravanas.

De Goiânia, por exemplo, sairão vários grupos com rumo a Brasília e São Paulo. Serão ao menos 17 ônibus que levarão os apoiadores de Jair Bolsonaro ao polo das manifestações do feriado de 7 de Setembro. A organização das caravanas foi organizada completamente pela internet, através de redes sociais e aplicativos de mensagens.

Maior cartão-postal de São Paulo, a Avenida Paulista sempre foi palco de grandes multidões, sejam elas protestos, paradas, exposições a céu aberto ou Carnaval. No entanto, desde 2013, manifestações frequentes tomam conta de sua extensão. Nessa época, o local foi tomado pelo Movimento Passe Livre, que buscou revogar o aumento da passagem do transporte público de R$ 3 para R$ 3,20. As manifestações que “não eram só por 20 centavos”, tomaram outros rumos e se nortearam contra espectros políticos e por uma reforma eleitoral.

Em 2014, ano de eleições, pessoas de verde amarelo se posicionaram contra a Dilma Rousseff, e em 2015, a avenida foi tomada por pessoas a favor e contra o impeachment da presidente. Ainda nesse ano, estudantes secundaristas se mobilizaram contra a reorganização das escolas anunciada pelo governador da época, Geraldo Alckmin (PSDB). Já em 2018, ano do pleito mais polarizado da história do país, a Paulista se dividiu entre apoiadores de Lula – e Fernando Haddad – e Bolsonaro.

Apesar de as manifestações terem reduzido entre 2019 e 2020, retornaram com força no fim do ano em que foi iniciada a pandemia da Covid-19. Os atos, desde então, ocorrem tanto a favor do atual presidente da República, quanto contra, em prol do impeachment.