“No começo elas eram tidas como supertransmissoras”, lembra infectologista ao destacar que atualmente crianças são percebidas “de outro modo”

Quase um ano após os primeiros registros do coronavírus (Covid-19) no País, diversas dúvidas ainda pautam o cotidiano de milhares de brasileiros, especialmente no que diz respeito ao contágio e transmissão da doença.
Dentre os maiores questionamentos está a possibilidade de transmissão do vírus por crianças. “No começo elas eram tidas como supertransmissoras. No entanto, com o avançar dos estudos científicos passamos a percebê-las de outro modo”, argumenta a médica infectologista, Luciana Duarte.
Segundo a especialista, as constatações mais recentes demonstraram que, na verdade, as crianças estão menos suscetíveis aos efeitos do vírus. “Quanto a transmissão em si não podemos afirmar que elas transmitem mais ou menos que os adultos, mas as observações feitas até o momento caminham no sentido das crianças serem contaminadas pelos adultos e não o contrário”.
Para Duarte, diante de um cenário ainda muito jovem para a comunidade científica mundial, não há outra saída a não ser manter o distanciamento social. “Os cuidados devem ser tomados de igual forma entre as crianças e adultos. Temos que manter o distanciamento, não é hora de se pensar em afrouxar [as medidas de segurança]”, conclui.
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