Avançam negociações entre servidores da Educação e Prefeitura de Goiânia. Categoria sinaliza para fim da greve
03 julho 2014 às 16h23
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Em reunião na sede do MPGO, foi deliberada a formação de uma Comissão Permanente de Negociação
Em greve há 37 dias, os servidores municipais da Educação sinalizam para o fim da paralisação e consequente desocupação do plenário da Câmara de Goiânia, onde estão desde o dia 10 de junho. Nesta quarta-feira (2/7), os educadores se reuniram com a secretária de Educação Neyde Aparecida e o secretário de Governo do município, Osmar Magalhães. Do encontro, que ocorreu na sede do Ministério Público de Goiás (MPGO), foi deliberada a formação de uma Comissão Permanente de Negociação com o objetivo de discutir as pautas da categoria.
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Para agilizar o processo, foi definido um prazo de 30 dias para que o Sindicato Municipal dos Servidores da Educação (Simsed) encaminhe uma lista de servidores para compor o grupo. A comissão também deve contar com um representante do Sindicato dos Trabalhadores do Município (SindiGoiânia) e outro do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), além de três pessoas ligadas à gestão municipal. A intenção é que a comissão tenha a possibilidade de levantar dados, pareceres e outras informações, junto à prefeitura, de maneira desburocratizada.
Além da instituição da Comissão Permanente de Negociação, o pagamento referente à titularidade dos professores também integrou a pauta de discussões do encontro. Na ocasião, os educadores solicitaram a fixação de um prazo para a conclusão dos trabalhos. A possibilidade, no entanto, foi negada pela secretária Neyde Aparecida, tendo sido acordado que, para agilidade do processo, a categoria apresentará à pasta uma lista com os casos considerados urgentes para serem concluídos em até 30 dias.
Em relação aos demais processos, o grupo deliberou que sejam finalizados até novembro desse ano. Assim, a partir deste mês, caso não haja nova restrição da Lei de Responsabilidade Fiscal, a Prefeitura apresentará um calendário de escalonamento dos processos pendentes e dará início aos pagamentos. As outras pautas da categoria, como a data base e a a redução da periodicidade da progressão vertical, deverão ser abordadas pela comissão permanente.
As deliberações do encontro serão votadas pela categoria durante assembleia na manhã desta sexta-feira (3/7). A secretária Neyde Aparecida garantiu que, caso os servidores aceitem as propostas e retornem de imediato às salas de aula antes da próxima quinta-feira (10), os dias de maio cortados serão pagos na folha do mês de julho.
De acordo com um porta-voz do Simsed, a expectativa é que os profissionais aceitem o que foi acordado durante o encontro no Ministério Público de Goiás. Um dos prováveis entraves para o encerramento da paralisação está na abertura de sindicância por parte do Paço Municipal contra alguns servidores da Educação. Para a categoria, trata-se de uma perseguição política empenhada pela administração da prefeitura. Assim, os educadores deverão permanecer em greve caso não seja viabilizado o encerramento desses processos.