Avaliadoras discutem registros contábeis da Celg, mas ainda há pendências a serem resolvidas
23 maio 2014 às 18h14
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Apesar disso, o debate apresentou bons resultados e está caminhando em direção a uma convergência sobre o preço da distribuidora
Mesmo após a reunião realizada na quinta-feira (22/5) para debater os registros contábeis da Celg, os representantes da CelgD, CelgPar e Eletrobras ainda não entraram em um consenso sobre o preço da companhia de distribuição goiana. Segundo o diretor de regulação da CelgD, Elie Chidiac, o debate realizado apresentou bons resultados e está caminhando em direção a convergência de valores. “Mas ainda existem duas pendências, que são pequenas, mas muito importantes”, acrescentou.
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Essas pendências, afirmou Chidiac, devem ser discutidas em uma nova reunião a ser realizada na próxima segunda-feira (26/5) — no mais tardar, até o final da semana que vem. O diretor explicou que, durante a teleconferência, chegou-se a uma ordem de R$ 1 bilhão negativo, necessário para zerar o patrimônio líquido da CelgD. Contudo, os dados ainda não apresentam nenhuma confirmação.
A tentativa de convergência é embasada em laudos contábeis periciados, que devem ser apresentados às avaliadoras para que estabeleçam o preço da companhia de distribuição. A transferência das ações da CelgD para a Eletrobras está emperrada há vários meses, quando as duas avaliadoras — Deloitte, contratada pela Eletrobras, e Funape, contratada pelo Estado — destoaram de forma gritante sobre os valores da empresa.
No dia sete deste mês, outra reunião foi realizada para tentar definir os detalhes sobre a transferência das ações da empresa. Na ocasião, Chidiac afirmou que já havia aproximações de pontos de vistas, números e avaliação. “As duas avaliadoras estão se entendendo, estamos bem próximos da convergência dos dois laudos. Estão surgindo algumas questões contábeis bem pontuais que certamente não influenciarão o resultado final das duas avaliadoras”, disse.
O diretor frisou que a negociação entre Celg e Eletrobras não envolve somente a avaliação do valor da estatal goiana. “Temos que fazer todos os trâmites legais, sejam jurídicos, de avaliação, e tem a questão da prorrogação da concessão. Além disso, há os termos regulatórios dentro da área elétrica, envolvendo a Aneel e a Eletrobras. Então tem várias etapas que precisam ser discutidas para que haja um consenso”, afirmou.
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