Audiência pública aborda os desafios e estratégias para uma educação antirracista
08 fevereiro 2022 às 14h32

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Evento tem como objetivo mobilizar profissionais em torno de uma política educacional capaz de fazer frente à discriminação e ao preconceito, em diversas manifestações
A audiência pública “Afroletramentro, Literatura e Atitudes Sociais: por uma educação antirracista” está sendo realizada nesta terça-feira em plenário da Câmara Municipal de Goiânia. O evento foi realizado pela Comissões de Educação e de Direitos Humanos da Câmara, na qual a vereadora Aava Santiago (PSDB) é presidente. Com objetivo de traçar um plano direcionado para preparar professores e servidores, a parlamentar buscou traçar um plano direcionado. Além disso, foi proposto conteúdos e metodologias junto a estudantes, no sentido de viabilizar a abordagem da temática étnico-racial nas escolas municipais. O debate foi realizado em plenário, de forma presencial, e também transmitido ao vivo no canal TV Câmara no YouTube.
A iniciativa de trabalhar pela educação antirracista encontra amparo em duas leis federais, a 10.639 de 2003 e a 11.645 de 2010. A primeira inclui no currículo oficial da rede de ensino fundamental e médio, público e privado, a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira’. Já a de número 11.645 amplia a abordagem para “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”. Um levantamento, que tem como expectativa mapear ações pedagógicas afro-centradas e étnico-raciais nas escolas, também está sendo organizado pela Comissão. Através de um questionário online, o estudo busca respostas de professores sobre os desafios para se assegurar o cumprimento do que determinam a legislação e as necessidades pedagógicas, no campo da educação antirracista.
“Defendemos uma agenda para o ano todo voltada a ressignificar e reconstruir conceitos e comportamentos que fundamentam o racismo, o preconceito e a discriminação especialmente em relação a negros e indígenas. Temos que mobilizar a rede municipal para que a Educação cumpra o papel que lhe cabe em uma nova narrativa de nossa identidade, resgatando as contribuições desses grupos na formação cultural, literária, religiosa e social brasileira”, explica Aava.
Encontros virtuais foram realizados, nos dias 10 e 28 de janeiro, com um grupo de trabalho formado por profissionais que conduziram a audiência pública. Para o debate, foram convidados, além de professores e servidores da educação, representantes do Conselho Municipal de Educação, da Secretaria Municipal de Educação, do Sindicato dos Professores de Goiás (Sinpro), do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), da Superintendência de Igualdade Racial da Prefeitura de Goiânia, da Escola do Legislativo da Câmara Municipal, da Universidade Federal de Goiás e da União Estadual de Estudantes.