Audiência na Câmara termina com conclusão de que projeto original do BRT deve ser mantido
10 março 2017 às 15h22
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Convidados para discutir alterações propostas pelo prefeito Iris Rezende (PMDB) defenderam continuidade da obra
Os vereadores Vinícius Cirqueira (Pros) e Alysson Lima (PRB) promoveram, nesta sexta-feira (10/3), uma audiência pública para discutir o BRT (Bus Rapid Transport) no eixo Norte-Sul em Goiânia. A conclusão foi de que o melhor seria manter o projeto original e trabalhar para que as obras sejam concluídas o mais breve possível.
A audiência foi proposta porque no último dia 20 de fevereiro, o prefeito de Goiânia, Iris Rezende (PMDB), avisou que pretende mudar o projeto, chamado por ele de “trambolho de concreto”. Segundo ele, a obra deveria ser dividida em duas: Uma que vai da Região Norte até Centro da capital e outra do Centro para Aparecida de Goiânia, para não “violentar” a Praça Cívica e o centro histórico.
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Entre os convidados para a audiência estavam o presidente do Grupo Executivo do VLT, Carlos Maranhão, que estava representando o Governo Estadual; o deputado federal Delegado Waldir Soares (PR); o engenheiro da Unidade de Coordenação do BRT Norte-Sul, Benjamin Kennedy Machado da Costa; e o presidente do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea) de Goiás, Francisco de Almeida.
Para Maranhão, as obras devem ser continuadas e, caso necessário, que sejam feitas adequações para garantir que o centro histórico seja preservado. Segundo ele, qualquer mudança no projeto deveria ser aprovada pelo Governo Federal e atrasaria o processo ainda mais.
Na opinião de Waldir, é preciso concluir a obra atual, sem fazer a expansão, para que não se torne “mais uma obra inacabada”. Benjamin, por sua vez, levou o projeto do BRT e mostrou que o canteiro da Avenida Goiás não será alterado e que as canaletas de circulação dos ônibus será feita no trajeto que já existe atualmente.
O presidente do Crea já adiantou que o conselho não aceitará alterações no projeto e tomará providências para impedi-las, visto que ele foi aprovado em diversos órgãos fiscalizadores e técnicos. “A obra precisa ter continuidade e não pode parar no meio como ocorreu com o Paço Municipal, por exemplo, que até hoje não foi finalizado”, disse ele.
Agora, a intenção de Vinicius é mobilizar os demais vereadores para aprovar um requerimento exigindo que o prefeito prossiga com a obra, honre o pagamento das contrapartidas do município e faça as adequações apontadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).