Fora os 27 veículos que serão adquiridos em processo de doação, a companhia aguarda outros 40 que atualmente passam por um processo de parametrização

Após um longo período de escândalos e denúncias, a Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) parece finalmente estar entrando nos eixos. Com uma recém-anunciada reforma administrativa e financeira, o órgão também tem tentado abandonar a impressão negativa que a intitulada “crise do lixo” deixou entre os goianienses.

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Para tanto, mais dez novos caminhões compactadores entraram em circulação nesta sexta-feira (1º/8). Os veículos foram locados pela Prefeitura de Goiânia para atuar por 36 meses e depois serão doados ao município. Em entrevista ao Jornal Opção Online, o presidente da Comurg, Ormando Pires Júnior, afirmou que deste processo serão adquiridos outros 17 caminhões, a serem entregues ao longo de agosto.

Fora os 27 caminhões que serão adquiridos em processo de doação, a Comurg aguarda outros 40 que atualmente passam por um processo de parametrização, visto que os automóveis e o tipo dos compactadores usados pela prefeitura são de marcas diferentes. A expectativa, segundo Ormando, é que, até a próxima quarta-feira (6), cinco veículos desta remessa devem estar nas ruas. “O restante, até o final de agosto”, diz.

Atualmente, segundo o presidente, são 63 caminhões responsáveis pela coleta de lixo domiciliar em Goiânia. No entanto, devido à necessidade constante de ajustes de partes destes veículos, são apenas 40 caminhões nas ruas realizando o serviço. De acordo com estudos da prefeitura, a quantidade ideal seria de 48 automóveis.

Assim, somados os 27 veículos locados e os outros 40 em processo de parametrização, a frota goianiense totalizará 67 caminhões compactadores. Os novos automóveis, conforme explicou Ormando, irão substituir a frota atual. “Serão acrescentados mais quatro caminhões, e continuaremos com uma reserva técnica, só que com equipamento novo e de ponta”, informou.

Acordo com Marconi

Durante entrevista, Ormando Pires Júnior fez questão de deixar claro que a aquisição dos veículos nada tem a ver com o convênio firmado com o Estado para a compra de caminhões de lixo. Acontece que, após errar o dígito da conta na hora de repassar o dinheiro, a transferência não foi mais possível devido à legislação eleitoral, que não permite o repasse de recursos em período de campanha.

O presidente analisa o equívoco da gestão estadual com estranheza. “Ficamos a ver navios, já que o governo de Goiás esperou até o último dia do período eleitoral para dizer que errou. Agora, o que nos resta é esperar”, concluiu.