Segundo o deputado preso, o animal teria roído o carregador do equipamento; veja outras justificativas que ele declarou

Preso por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) após ameaçar ministros da Corte, o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) teve agora de justificar à Polícia Federal as 36 vezes em que violou as regras do uso da tornozeleira eletrônica.

Daniel Silveira, preso por ameaçar ministros do STF em vídeo | Foto: Divulgação

As alegações do extremista foram remetidas nesta sexta-feira, 16, ao STF. Entre as muitas justificativas está um suposto dano ao carregador do equipamento que teria sido causado por seu cachorro: o animal, segundo Daniel, roeu o aparelho.

O deputado estava em prisão domiciliar, mas foi recolhido novamente à cadeia justamente por violar o uso da tornozeleira eletrônica, além de não ter pago uma fiança de R$ 100 mil. Silveira segue investigado no Supremo pelo vídeo com ameaças a seus integrantes. Ele foi preso pela primeira vez em 16 de fevereiro, por decisão de Alexandre de Moraes.

Outras alegações que Daniel Silveira deu para os problemas de violação do monitoramento:

  • Quedas de energia na região onde mora, no Rio de Janeiro, dificultando a recarga da tornozeleira;
  • Na maioria das 22 vezes em que a tornozeleira ficou sem bateria, ele disse estar dormindo, em razão do uso de medicamento (anti-inflamatório);
  • Esquecimento de recarregar a bateria, por estar participando de sessões na Câmara dos Deputados.

No dia de sua prisão mais recente, em 24 de junho, o parlamentar também alegou que houve episódios em que a cinta da tornozeleira se rompeu durante seus treinos de muay thai.

A Polícia Federal informou ao STF que vai realizar perícias para verificar as condições da cinta da tornozeleira eletrônica e que vai consultar a companhia de energia elétrica do Rio de Janeiro para saber se houve de fato falhas constantes no fornecimento de energia elétrica na região do deputado.

* Com informações da CNN Brasil