Assassinos de Leonardo Pareja são condenados a 45 anos e meio de prisão
14 abril 2015 às 20h28

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Os cinco réus tiveram a mesma sentença: 13 anos pelas mortes de Pareja e de dois outros presos e 6,5 anos por uma tentativa de homicídio

Em audiência nesta segunda-feira (13/4), o Tribunal do Júri de Aparecida de Goiânia condenou a 45 anos e 6 meses de prisão cinco réus pelo assassinato de Leonardo Pareja, morto em dezembro de 1996. A vítima foi um famoso criminoso que liderou uma rebelião durante seis dias no antigo Centro Penitenciário de Goiás (Cepaigo).
Os condenados são: Eduardo Rodrigues de Siqueira, Eurípedes Dutra Siqueira, José Carlos dos Santos, Ivan Cassiano da Costa e Raimundo Pereira do Carmo Filho.
De acordo com a sentença, obtida pelo Jornal Opção Online, além da morte de Pareja, os réus também foram condenados pelos homicídios dos presidiários Veriano Manoel de Oliveira e Grimar Rodrigues de Souza, e pela tentativa de homicídio contra Manoel de Oliveira Filho.
As vítimas eram todas colegas de Pareja e foram mortas após o criminoso denunciar à direção do Cepaigo um suposto plano de fuga dos acusados através de um túnel subterrâneo. Pareja foi esfaqueado no pescoço por Eduardo Rodrigues.
Conforme a sentença, cada um dos réus foi condenado a 13 anos por cada um dos homicídios, além de mais 6 anos e 6 meses referentes à tentativa. Durante o julgamento, a defesa dos acusados solicitou a diminuição das penas, alegando que os réus cometeram os crimes tomados por uma “violenta emoção”, logo após serem provocados pelo criminoso. Os jurados, no entanto, não aceitaram o argumento.
Na sentença consta, ainda, que os jurados não reconheceram como “cruel” a circunstância em que os crimes foram cometidos, porém, avaliaram que a ação dos cinco criminosos tornou impossível a defesa das vítimas.
Os réus Eduardo Rodrigues e Raimundo Pereira seguem presos na Penitenciária Odenir Guimarães, em Aparecida de Goiânia. Já os demais condenados se encontram foragidos.
Quem foi Leonardo Pareja?
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Chamado de “midiopata”, Leonardo Pareja cometeu o primeiro crime em 1995, quando ficou conhecido nacionalmente ao manter refém durante 60 horas a sobrinha de 13 anos do então senador Antônio Carlos Magalhães, em Feira de Santana, em Salvador.
Já preso no Cepaigo, em abril de 1996, Pareja liderou uma rebelião de seis dias, fugindo da unidade prisional em posse de seis reféns. Dentre eles, o então presidente do Tribunal de Justiça de Goiás, Homero Sabino.
Após a fuga, o criminoso transitou pelas ruas de Goiânia e chegou até a parar em um bar. Comprou cerveja e pagou uma rodada para quem estava no local. Um dia depois, Pareja foi cercado pela polícia no município de Porangatu e se entregou.