Diagnosticado com esquizofrenia, Carlos Eduardo Sun­dfeld Nunes, Cadu estava liberado da condenação pelo homicídio e cumpria pena por latrocínio em Goiânia

Cadu durante audiência em agosto do ano passado | Foto: Aline Caetano / TJGO
Cadu durante audiência em agosto do ano passado | Foto: Aline Caetano / TJGO

A Polícia Civil, por meio de assessoria, confirmou nesta segunda-feira (4/4) a morte do detento Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, 30 anos, no Núcleo de Custódia do Complexo Prisional em Aparecida de Goiânia. Ele foi morto em uma briga com outro detento, durante o banho de sol.

Os agentes penitenciários de plantão perceberam a movimentação e intervieram na briga entre Carlos Eduardo e outro preso, Nilson Ferreira de Almeida.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e constatou o óbito. O caso está sendo investigado pelo Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) de Aparecida de Goiânia.

O interno Nilson Ferreira se apresentou à direção e confessou a autoria. Disse ter usado uma arma artesanal para se defender durante a briga que, segundo o suposto autor, teria sido iniciada pela vítima. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSAP), será instaurada sindicância para apurar os fatos.

Carlos Eduardo Sun­dfeld Nunes, o Cadu, estava preso por dois latrocínios e ainda receptação e porte de arma de fogo em casos ocorridos em setembro de 2014. Em agosto do ano passado, ele foi condenado a  61 anos e 6 meses de prisão, inicialmente em regime fechado.

Cadu ficou conhecido após assumir a culpa pelo homicídio do cartunista Glauco Vilas Boas e seu filho, Raoni, em março de 2010, em Osasco (SP). Apesar de ter confessadoo crime, Cadu, que tem esquizofrenia, não chegou a ser julgado porque a Justiça o considerou inimputável.

Ele chegou a ser internado clínicas psiquiátricas e depois foi liberado para morar com o pai Carlos Grachi Nunes, em Goiânia.