A ex-primeira-dama do Peru, Nadine Heredia Alarcón, solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que impeça qualquer ordem de prisão, extradição ou cooperação judicial entre Brasil e Peru no processo em que foi condenada por lavagem de dinheiro.

O pedido foi enviado ao ministro Dias Toffoli, e a defesa busca a extensão das decisões que anularam as provas obtidas pela Odebrecht por meio dos sistemas Drousys e My Web Day B.

De acordo com o documento, a ação penal no Peru “baseia-se nas colaborações premiadas de ex-executivos da Odebrecht e na planilha ‘POSICAO–ITALIANO310712MO.xls’”, já consideradas ilícitas pelo STF.

Os advogados de Heredia afirmam que “autorizar qualquer ato cooperacional equivaleria a dar continuidade a um processo penal baseado em prova ilícita”.

Nadine Heredia recebeu asilo diplomático do Brasil em abril, após ter sido condenada a 15 anos de prisão junto com o marido, o ex-presidente Ollanta Humala.

Segundo a defesa, ela ainda aguarda decisão sobre o pedido de refúgio, e qualquer medida de prisão violaria a presunção de inocência e a dignidade humana.

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