As maiores polêmicas de Goiânia em 2016
24 dezembro 2016 às 16h11

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Continuando a série de retrospectiva do Jornal Opção, relembre os maiores absurdos que marcaram o ano na capital

No Brasil e no mundo, 2016 será lembrado como o ano que várias coisas improváveis e inimagináveis aconteceram. Goiânia, sendo esta cidade peculiar, também teve fatos inacreditáveis que viraram notícia nacional e até internacional.
Seja pela intolerância de uns, inconsequência de outros ou pelo simples nível de absurdidade, o que não faltou na capital do pequi foram polêmicas que colocam qualquer declaração de Donald Trump no chinelo.
Continuando a série de retrospectivas do Jornal Opção, aqui vai uma lista com os acontecimentos mais absurdos de 2016 da nossa capital.
Troca de agressões na Câmara Municipal de Goiânia

O plenário do parlamento goianiense foi palco de soco e empurrões, além de troca de ofensas entre vereadores este ano. Durante votação do projeto que encurtou o recesso parlamentar, em novembro deste ano, o autor da proposta, Paulo Magalhães(PSD), se desentendeu com o vereador Felisberto Tavares (PR) e acertou um soco no queixo do colega em plena sessão plenária. Em junho, Magalhães foi protagonista de outra confusão, quando trocou ofensas e empurrões com Denício de Trindade (SD) por causa de uma emenda apresentada ao projeto que regulamenta os food-trucks em Goiânia. Os dois casos foram levados ao conselho de ética da Casa, mas devem terminar esta legislatura sem qualquer punição.
Tiro no diretório do PMDB
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A eleição para a presidência do PMDB de Goiás quase terminou em tragédia em uma confusão na sede do diretório do partido em Goiânia, em janeiro deste ano. O presidente nacional da juventude peemedebista, Pablo Rezende, e o deputado estadual Paulo Cezar Martins se desentenderam por causa de documentos referentes à eleição do diretório estadual. Houve briga, quebra-quebra e o segurança que acompanha o deputado chegou a disparar um tiro de arma de fogo. O celular de um dos envolvidos foi quebrado por Paulo Cezar Martins e o caso foi parar na delegacia de polícia.
Competição de pegação no Inter UFG
Uma “brincadeira” de muito mau gosto circulou pelas redes sociais às vésperas do Inter UFG, uma da maiores festas universitárias do Centro-Oeste. A postagem entitulada “Regulamento Inter UFG 2016” trazia uma lista que especificava as regras de uma espécie de competição. Na tabela de pontos, saia na frente quem “ficasse” ou transasse com o maior número de mulheres, que por sua vez, rendiam mais pontos de acordo com a aparência e status de relacionamento. A lista rendeu notas de repúdio da organização do evento, da reitoria da UFG e inclusive uma investigação do Ministério Público Federal por suspeita de promover discriminação desrespeitosa aos direitos humanos.
A santa amarela

A imagem de Nossa Senhora pintada de amarelo, com chifres e manchas negras, similares as de uma vaca foi o material artístico escolhido para a divulgação da 15ª edição do tradicional Festival Vaca Amarela, que aconteceu em setembro, em Goiânia. A escolha não agradou em nada os fiéis que armaram verdadeira campanha contra o evento nas redes sociais. No fim das contas, a organização do festival resolveu voltar atrás e pediu desculpas à Arquidiocese de Goiânia e a todos os católicos que se sentiram ofendidos com o material.
Beijaço gay na porta de bar em resposta a caso de homofobia

Prestando solidariedade à denúncia do advogado Leo Wohlgemuth Lôbo e de seu namorado, o produtor cultural João Lucas Ribeiro, de que teriam sido hostilizados no bar 1008, no Setor Pedro Ludovico, em Goiânia, um grupo de manifestantes resolveu organizar um beijaço em frente ao estabelecimento. O casal afirma ter sido destratado e até ameaçado com uma faca por funcionários do bar. A gerência nega com veemência e diz que os dois se beijavam de “maneira escandalosa” e funcionários teriam pedido para que diminuíssem. De qualquer maneira, a polêmica rendeu uma série protestos que ultrapassaram as avaliações negativas na página do 1008 no Facebook, e levou dezenas de casais a promoverem um beijaço em frente ao 1008, em plena tarde de chuva de domingo.
Homem hostiliza casal de lésbicas e depois diz que vai processar vítimas

“Gay, veado, tem que matar essa desgraça.” O casal Angélica Santana e Giovana Alves filmaram insultos e comentários homofóbicos que ouviram do médico Ricardo Dourado, quando estavam em um bar em um posto de combustíveis da capital. Segundo relato das vítimas, ele estava visivelmente embriagado e teria tentado se aproximar de uma das mulheres quando percebeu que se tratava de um casal. Pelo tom das ofensas, o vídeo teve repercussão nacional e Ricardo Dourado afirmou em entrevista ao Jornal Opção que entraria na justiça contra as duas, por causa da exposição.
A denúncia de um estupro que nunca foi provado

Bastou um alerta pelo Twitter para que dezenas de pessoas se mobilizassem em torno de um possível estupro que teria acontecido no Câmpus II da Universidade Federal de Goiás. O estudante Daniel Junior afirmou ter visto uma garota “dopada” sair de um carro preto e entrar no banheiro do prédio da Faculdade de Informação e Comunicação. Ele disse ainda que tentou buscar ajuda, mas quando voltou a jovem tinha desaparecido. Apesar da riqueza de detalhes do relato que fez, inclusive em depoimento à polícia, o estudante não tinha nenhuma prova ou testemunha para corroborar a história. A investigação policial, comandada pela delegada Ana Elisa Gomes, da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), descobriu que, dias antes do suposto crime, Daniel teria mudado o posicionamento da única câmera de segurança que poderia mostrar se de fato alguma garota teria passado pelo local e, portanto, concluiu que o crime nunca aconteceu.
Garotas de programa causam tumulto na sede do TJGO

Um grupo de mulheres, supostamente prostitutas, garotas de programa, causaram tumulto na sede do Tribunal de Justiça. Elas entraram aos gritos na sede do tribunal, supostamente atrás de um cliente mau pagador que teria entrado no prédio para fugir delas. A confusão foi filmada e o vídeo viralizou nas redes sociais.
Adolescentes torturam e planejam assassinato de amiga

Por “ciúmes e inveja”, quatro adolescentes com idades entre 13 e 16 anos torturaram e planejaram o assassinato de outra jovem, de 14 anos. O caso não aconteceu em Goiânia, e sim em Trindade, a 18 km da capital, mas entra na lista pela crueldade do crime e espanto que causou pela pouca idade das autoras. O grupo de meninas chegou a cavar uma cova para enterrar a vítima, que conseguiu fugir e pedir socorro. Mais tarde em depoimento, as jovens não se mostraram arrependidas e contaram o que fizeram em detalhes, inclusive com fotos e vídeos registrados por elas.
Pai mata o próprio filho por divergência política
O triste episódio de assassinato seguido de suicídio tirou a vida de pai e filho em Goiânia. Segundo informações da polícia, o engenheiro Alexandre José da Silva Neto não aceitava que seu filho, o estudante Guilherme da Silva Neto, estivesse envolvido com movimentos sociais e de ocupação de escolas na capital. O conflito de ideias pode ter provocado a discussão que resultou na tragédia. Na tarde de 15 de novembro, o engenheiro atirou contra o filho e se matou logo em seguida.