Em nota, a unidade representativa da Igreja Católica em Goiânia declarou apoio ao reitor da PUC Goiás, depois que jovem sugeriu que Wolmir Amado fosse demitido cargo

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A Arquidiocese de Goiânia publicou na tarde desta sexta-feira (25/3) um comunicado que justifica a excomunhão do estudante Marco Rossi Medeiros, depois que o jovem reivindicou que o reitor da PUC Goiás, Wolmir Amado, fosse demitido do cargo por ser filiado ao PT.

A nota argumenta que “embora se declare católico, Marco Rossi Medeiros não fala e nem age em nome da Igreja Católica”, ao comentar a atitude de um grupo de católicos liderados pelo estudante Marco Rossi Medeiros foi à Arquidiocese de Goiânia exigir a demissão imediata do reitor.

“Somente do arcebispo é a competência para discernir, decidir, nomear, destituir e acompanhar o governo das instituições eclesiais da Arquidiocese de Goiânia.Todo e qualquer católico que se outorga ilegítimos direitos de suscitar rupturas na unidade da Igreja está por isso mesmo atentando contra a comunhão e se colocando fora dela ‘latae sententiae’.”

Ao Jornal Opção, Marco Rossi explicou que está aguardando nota oficial da diocese. O comunicado foi publicado no pefil oficial da PUC Goiás no Facebook.

“Auto Excomunhão Latae Sententitae (sem necessidade de julgamento) pelo crime de Cisma, que é tentar dividir o Corpo Místico de Cristo, fundando uma outra Igreja ou negando a autoridade do Papa” e alfinetou, “vai ver a reitoria da PUC se identifica ao Corpo Místico de Cristo e um atentando contra ao Wolmir é um atentando ao próprio Nosso Senhor”.

 

Confira na íntegra a nota da arquidiocese divulgada pela universidade

Comunicado da Arquidiocese de Goiânia sobre (auto) excomunhão latae sententiae de Marco Rossi Medeiros da Igreja Católica

Em razão dos posicionamentos públicos de Marco Rossi Medeiros contra a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e vários irmãos no episcopado, bem como, recentemente, contra a Pontifícia Universidade Católica de Goiás, seu reitor, reitoria e corpo docente, no cumprimento da responsabilidade de nosso ministério, tornamos pública nossa reprovação a suas palavras, atitudes e métodos difamatórios, que intentam macular instituições, organizações e vidas de pessoas.

Em suas investidas, embora se declare católico, Marco Rossi Medeiros não fala e nem age em nome da Igreja Católica.

Lembramos oportunamente que ao bispo da Igreja arquidiocesana – e somente a ele, dentro de sua circunscrição eclesiástica -, compete a responsabilidade canônica de promover e garantir a unidade e a retidão da doutrina e da fé. Somente do arcebispo é a competência para discernir, decidir, nomear, destituir e acompanhar o governo das instituições eclesiais da Arquidiocese de Goiânia.

Todo e qualquer católico que se outorga ilegítimos direitos de suscitar rupturas na unidade da Igreja está por isso mesmo atentando contra a comunhão e se colocando fora dela ‘latae sententiae’.

Reiteramos nosso apoio, solidariedade e gratidão à PUC Goiás, ao reitor e à reitoria, aos gestores, professores e funcionários, pelo serviço e pelo bem que prestam à Educação Superior, à nossa querida Pontifícia Universidade Católica e à Arquidiocese de Goiânia.

No Ano da Misericórdia, oremos ardentemente pela paz e pela harmonia do povo brasileiro. Recusemos e reprovemos, com firmeza, qualquer prática acusatória e ofensiva que incite ao ódio e à divisão, na família, na Igreja e na sociedade.

No fiel discipulado missionário, unidos à paixão de Cristo, como Igreja, continuemos perseverantes, rumo ao Reino definitivo.

Rezemos por este irmão, para que seja tocado pela ação do Espírito Santo e tenha a proteção da Santa Mãe de Deus.

Dom Washington Cruz, arcebispo de Goiânia e Grão Chanceler da PUC Goiás
Dom Levi Bonatto, bispo auxiliar da Arquidiocese de Goiânia.