O parlamentar demonstrou empolgação quanto à campanha e, quando perguntado sobre sua aparente isenção ante os episódios polêmicos envolvendo críticas ao atual governo, disse ser este o seu estilo de fazer política

armando_vergilio

Liderança do Solidariedade, o deputado federal Armando Vergílio surpreendeu ao compor com antigos oponentes e se tornar vice da chapa encabeçada pelo ex-prefeito e ex-governador Iris Rezende (PMDB). O parlamentar, que concedeu a entrevista por telefone ao Jornal Opção Online enquanto cumpria agenda política de campanha ao lado do líder peemedebista em Goiatuba na manhã desta sexta-feira (18/7), demonstrou empolgação e, quando perguntado sobre sua aparente isenção ante os episódios polêmicos envolvendo críticas ao atual governo –– encabeçadas, sobretudo, pelo senadoriável Ronaldo Caiado –– disse ser este o seu estilo de fazer política. “Eu não sou neutro. Sou candidato a vice-governador na chapa do Iris Rezende como oposição ao governo do Estado. Não existe essa situação de neutralidade, cada pessoa tem um estilo próprio de se manifestar”, sustentou. Confira íntegra da entrevista:

Como vice na chapa encabeçada por Iris Rezende (PMDB), como o senhor analisa o cenário desse início de campanha que já conta com episódios de críticas ao atual governo e respostas da base aliada, em declarações tanto de Iris como do deputado federal Ronaldo Caiado. É possível perceber um posicionamento diferenciado do senhor. Por que?
Não tem diferença não. Cada pessoa tem um estilo. Se eu concordasse com as coisas que estão ocorrendo no governo eu não teria, mais de um ano atrás, saído da base e hoje não estaria na oposição. Eu estou vendo o que está acontecendo em relação à segurança pública, que precisa de uma ação urgente, a saúde, a deficiência em vários setores da mobilidade urbana, como o transporte coletivo do Entorno [do DF]. Me preocupa muito essa questão do endividamento do Estado, porque esse endividamento vai começar a ser pago no ano que vem, então, eu acho que o governo que está ai, existe uma fadiga de material. Eu sempre preguei a alternância, a renovação. E acredito que como eu, logicamente, por eu não ter construído uma possibilidade de uma candidatura [própria] competitiva que eu gostaria, me aliei a quem eu acredito que tem todas as condições, por ter experiência, ter maturidade, ter competência e capacidade comprovada. O que tenho que dizer é que neste início de campanha estamos extremamente animados, empolgados e convictos da vitória. Agora, cada um tem um estilo, cada um tem uma forma de se manifestar.

Falo no sentido de Iris e Caiado se manifestarem publicamente com críticas ao adversário e o senhor, aparentemente, estar se mantendo neutro quanto a ataques.
Eu estou falando é das nossas propostas. Eu não sou neutro. Sou candidato a vice-governador na chapa do Iris Rezende como oposição ao governo do Estado. Não existe essa situação de neutralidade, cada pessoa tem um estilo próprio de se manifestar. Outra questão, se eu concordasse com o governo, eu não estaria na oposição. Eu discordo e acho que está na hora de trocar, para promover as mudanças que o povo de Goiás precisa, de forma verdadeira sobre essa série de críticas que eu estou fazendo. A segurança pública está boa? A saúde está bem? No Entorno do Distrito Federal as pessoas passam de cinco a seis horas diárias dentro do ônibus do transporte coletivo. Sou candidato de oposição. O que a gente espera e quer é uma campanha propositiva, com projetos, agora não dá para a gente ficar vendo as coisas que não são verdadeiras serem colocadas para a população.

O que a chapa tem apresentado como proposta as esses pontos de insatisfação citados pelo senhor durante as visitas ao interior?
Proposta real, concreta, de resolver a criminalidade, em todos os índices, no mínimo em 50%.

De que forma, há um esboço de estratégia?
Tem uma série de ações. Para, começar [temos] determinação, vontade, gestão, e eficiência da segurança pública. Nós temos várias outras propostas, inclusive propostas do meu partido que foram acolhidas plenamente como parte do nosso plano de governo, que, por exemplo, que as escolas do Estado passem a ser escolas técnicas profissionalizantes. Todas as escolas estaduais nós vamos transformar em escolas desse tipo para, exatamente, começar a dar ao jovem uma perspectiva de trabalho e emprego afastando ele da ociosidade, das drogas, do crack. Essa situação de dependência do jovem quando não dá emprego por ele não ter experiência acaba facilitando o envolvimento com as drogas. Igual a essa nós temos várias outras propostas que vêm ao encontro das reais necessidades para o povo goiano. Todo mundo está vendo ai sobre a infraestrutura energética do Estado. Tem o problema da Celg que está ai. Não adianta ficar querendo que o problema da Celg é a Cachoeira Dourada, isso já passou, tem que ter uma determinação, capacidade de resolver o problema da Celg, capacidade política para poder resolver.