Aquecimento econômico reflete em número de decolagens no Aeroporto de Goiânia
18 janeiro 2020 às 17h57
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Mercado brasileiro de aviação deve crescer, passando dos atuais 120 milhões de passageiros para mais de 200 milhões em 2025
O Aeroporto Santa Genoveva, de Goiânia, divulgou dados referentes a suas operações em 2019. O aeroporto teve alta de 0,8% na movimentação de passageiros em relação ao ano anterior, totalizando 3.251.176 embarques e desembarques, com 55.861 operações de pousos e decolagens. O superintendente do terminal, Antonio Erivaldo Sales, atribui o dado ao aquecimento da economia.
“Em 2019, em que pese saída da Avianca do mercado local, houve troca de aeronaves de algumas companhias aéreas e consequente aumento de assentos ofertados. Neste ano, com a economia goiana ainda mais aquecida, redução na alíquota de ICMS sobre o querosene, a tendência é que tenhamos mais voos e mais passageiros utilizando o terminal”, afirmou o superintendente.
“Além disso, estamos em fase avançada do processo de internacionalização, buscando adequar e disponibilizar a infraestrutura do aeroporto Santa Genoveva o mais rápido possível para atender operações internacionais em Goiânia”, acrescentou Antonio Erivaldo Sales.
De acordo com o presidente da Infraero, Brigadeiro Paes de Barros, a estabilidade no número de passageiros que passaram pelos aeroportos da empresa demonstra a resiliência da economia brasileira e a importância da consolidação de políticas públicas para o setor.
“No ano passado, problemas, como a falência de uma importante companhia aérea brasileira, impactaram na oferta de voos. Por outro lado, uma série de medidas, como a abertura de 100% capital estrangeiro para aéreas, redução do ICMS do querosene de aviação, e até melhorias na infraestrutura dos aeroportos, diminuíram tais reflexos”, avaliou Paes de Barros.
Para os próximos anos, a expectativa é de que o mercado brasileiro de aviação siga a tendência e cresça duas vezes o valor do PIB, disse o presidente da Infraero. Segundo ele, o cenário aponta para mais de 200 milhões de passageiros em 2025, ante os 120 milhões, atualmente. “Por isso, ao mesmo tempo que trabalha para cumprir as determinações do Governo Federal, de conceder todos os aeroportos da Rede Infraero à iniciativa privada, a empresa estará focada no desenvolvimento da infraestrutura aeroportuária regional, que representa um grande gargalo na interiorização do modal aéreo no Brasil”, afirmou.