Com 46 anos, Ronilza Johnson residia na Inglaterra e veio ao Brasil visitar familiares; os suspeitos já foram identificados e mandados de busca e apreensão foram cumpridos

Ronilza Johnson. | Foto: Reprodução


Após complicações pela realização de um procedimento estético em uma clínica clandestina, na cidade de Anápolis, mulher de 46 anos foi a óbito neste fim de semana. Na Operação Apolo, da Polícia Civil, os suspeitos que atuam na Clínica Santana Faces foram identificados como um estudante que cursa Medicina na Bolívia – e que havia se autodeclarado como médico – e um biomédico. Os pedidos de prisão preventiva foram indeferidos, mas os de busca e apreensão na residência de ambos e na clínica foram cumpridos.

Durante os mandados de busca e apreensão da Operação, foram encontrados, no endereço de um dos investigados, localizado no município de Leopoldo de Bulhões, diversos medicamentos, receitas em branco e outros certificados. Já na clínica, foram recolhidos medicamentos vencidos e tubos de coleta de sangue. Todo o material encontrado foi encaminhado para a perícia. Não há registros de outros casos de procedimentos similares na clínica.

O próximo passo é aguardar a conclusão dos laudos e encaminhar ao Poder Judiciário.

Entenda o caso

Ronilza Johnson residia na Inglaterra com a família e veio Brasil visitar o pai. Segundo familiares, a mulher decidiu fazer o procedimento, que custou quase R$9 mil, após a indicação de amigos. foi a óbito após mais de um mês no Hospital Municipal de Anápolis (Huana), em estado grave. Ao ser internada no final do mês de março, a mulher requisitou a Polícia Civil e relatou ter realizado aplicações de ácido hialurônico para preenchimento das nádegas. Ao surgirem infecções, ela se automedicou em casa e buscou ajuda com os profissionais que fizeram o procedimento.