Após ser alvo da Polícia Federal, Marconi Perillo nega envolvimento em irregularidades

06 fevereiro 2025 às 12h11

COMPARTILHAR
O ex-governador de Goiás e presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, negou envolvimento com irregularidades após ser alvo de uma operação da Polícia Federal (PF), em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU), nesta quinta-feira, 6. O tucano classificou a operação como “encomendada” pelo governo estadual, mesmo com a ação sendo conduzida por órgãos federais sem ligação com instituições do Estado.
Em nota de repúdio, Perillo afirmou que a ação é uma retaliação às denúncias que tem feito contra a atual gestão. Segundo ele, já foi alvo de outras operações similares, que teriam sido desmascaradas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Ele negou qualquer envolvimento em irregularidades e disse que todas as suas movimentações financeiras são lícitas e declaradas.
Em resposta, o governador Ronaldo Caiado disse que soa como piada a ‘nota de repúdio’ distribuída pelo ex-governador Marconi Perillo. “Em 1.613 caracteres, Marconi não consegue dar a mínima explicação para as denúncias investigadas pela Controladoria-Geral da União (CGU) e pela Polícia Federal, que desencadeou a Operação Panaceia para investigar desvio de recursos do SUS”, disse Caiado.
“O ex-governador age de forma dissimulada, com ataques rasteiros ao governador Ronaldo Caiado, tentando criar uma ‘cortina de fumaça’ para esconder desvios de recursos públicos durante seus mandatos, denunciados na operação. Além de atacar grosseiramente duas instituições respeitadas como a Polícia Federal e a CGU”, continuou o governador em nota.
Segundo o governador Ronaldo Caiado, ele não vai responder ao investigado. “Ele [Marconi] é quem deve explicações à Justiça”, concluiu Caiado.
Nota de Repúdio de Marconi Perillo
Mesmo esperando uma reação aos meus vídeos de denúncias por parte do grupo comandado por Caiado e que hoje domina Goiás e suas instituições, não imaginava que eles, mais uma vez, ousassem usar o poder do Estado para me perseguir, constranger e tentar calar.
Já fui vítima de outras armações e “operações” encomendadas, quando todos os meus sigilos e de minha família foram devassados, na mais profunda investigação contra um político em Goiás. Inclusive, essa armação foi duramente repreendida pelo STF.
Eles sabem da minha inocência e idoneidade. Não encontraram e não encontrarão nada contra mim. Nunca fiz o que narram. Só se fabricarem. Criarem factoides. Mas agora extrapolaram todos os limites e com extrema crueldade. Estão fazendo uma operação por supostos “fatos” acontecidos há 13 anos. É estranho que só agora, quando faço denúncias contra o atual governo, é que resolvem realizar essa operação. Em política não existem coincidências. Não tem um único centavo em minhas contas e de minha família que não seja oriundo do meu trabalho e declarado no Imposto de Renda. Estão tentando criminalizar movimentações lícitas e legais e todas declaradas aos órgãos competentes. Isso é um absurdo!
Eu repudio veementemente a inclusão do meu nome nessa “operação”! Estão criando uma cortina de fumaça para não irem atrás de minhas denúncias e investigarem quem deveria ser investigado hoje em Goiás. Enquanto fazem mais um circo para me constranger, o Estádio Serra Dourada foi vendido por apenas R$ 10 milhões; o CORA vai custar o absurdo de R$ 2,4 bilhões e o Caiado ameaça a mim e minha família quando manda recado para ROTAM responder os meus questionamentos políticos, os mesmos que estão sendo investigados pela morte de Fábio Escobar, em Anápolis.
Não se iluda Caiado. Você não vai me calar! A hora daqueles que me perseguem vai chegar.