Rede alegou não ter verbas para disputar eleição para prefeitura na capital, por isso, decidiu apoiar candidatura de Elias Vaz (PSB)

Maria Ester, ex-pré-candidata à prefeitura de Goiânia pela Rede | Foto: Fernando Leite / Jornal Opção

Em coletiva de imprensa que anunciou a retirada da candidatura de Dra. Cristina (PL) da disputa eleitoral para a prefeitura de Goiânia na tarde desta quinta-feira, 17, estiveram presentes Valdelice Ribeiro (Avante), a Nega na Moda, e Maria Ester (Rede), ambas também com suas pré-candidaturas removidas por seus partidos.

No caso de Valdelice, ela comporia chapa como vice de Wilder Morais (PSC), que desistiu da pré-candidatura para se tornar vice de Vanderlan Cardoso (PSD), a pedido do governador Ronaldo Caiado (DEM). Já Maria Ester, um dia após ser oficializada pré-candidata, a Rede decidiu retirar a pré-candidatura para apoiar Elias Vaz (PSB).

De acordo com Maria Ester, no dia anterior ao anúncio da candidatura, a Rede começou a cogitar mudanças na composição da chapa e sugeriu que Maria Ester se candidatasse a vereadora em uma chapa coletiva. “Argumentaram que a Rede não teria dinheiro para bancar essa eleição até o final. Eu respondi que eu mesma bancaria e que não precisaria do fundo partidário, que ajudaria os vereadores. Falei que faríamos o que fosse, vaquinha, mas que manteríamos a chapa pura”, contou ao Jornal Opção.

“Eu achava que fosse um exercício mais interessante e mais importante, principalmente porque nós teríamos, não estou sozinha nessa, que apresentar um projeto para a cidade. Tem um grupo da UFG junto comigo, de alunos e pesquisadores. Fizemos um projeto bacana para ser colocado a partir do dia 27”, relatou.

“Depois fiquei sabendo que, na realidade, já tinha um tempo que eles estavam fazendo essa articulação para que eu fosse vice. Eu mesma falei com o Elias duas vezes e ele disse pra mim que o vice do PSB era fechado com a nacional, que queria o PDT, e eu acabei não entendendo a insistência de uma parte da Rede, não foi a Rede toda”, afirmou.

De acordo ela, houve discordância entre o diretório estadual e o municipal acerca da postulação de sua candidatura. “Marcaram uma reunião em uma terça-feira e, ali, a executiva municipal propôs para o grupo todo pensar se havia viabilidade do partido na eleição e colocou em votação a chapa”, disse Maria Ester.

Segundo ela, a maioria escolheu que sua candidatura fosse retirada. Ao Jornal Opção, ela confessou que pretende deixar o partido. “É uma questão de clima, de ambiente”, falou.

Vereadores

Com a divisão dentro do partido, a Rede reuniu, na noite desta quinta-feira, 17, os pré-candidatos a vereadores para decidir se pretendem manter ou abrir mão de suas candidaturas. Dentre eles, o jornalista Elder Dias, que contou ao Jornal Opção que pretende manter seu nome na disputa do Legislativo.

“Minha intenção é manter minha candidatura. Estamos em um processo difícil de construção. […] Eu entendo o momento dela [Maria Ester], mas foram coisas que não dependeram apenas da Rede. Aconteceu de não vir o dinheiro prometido da executiva nacional e teve que fazer a opção”, falou.

“O partido realmente não tem fundo eleitoral, não tem como sobreviver e eles preferiram eleger um vereador. A construção do vereador vai ser muito complicada, mas não vamos desistir”, afirmou o pré-candidato.

O Jornal Opção tentou contato por telefone com o porta-voz municipal do partido, Hugo Leonardo, para obter maiores informações sobre como ficariam as candidaturas à vereança após a retirada da pré-candidatura de Maria Ester e apoio a Elias Vaz, mas não conseguiu resposta.