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Em entrevista ao Jornal Opção, peemedebista Clécio Alves rebate nota da Secretaria Municipal de Saúde que lamenta e condena trabalho de vereadores

O presidente da Comissão Especial de Inquérito (CEI) que investiga a situação da saúde pública em Goiânia, o vereador Clécio Alves (PMDB), disse nesta sexta-feira (3/11) que a atuação do colegiado será intensificada nas próximas semanas. A declaração é uma resposta à nota encaminhada pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) nesta quinta-feira (2) em repúdio ao trabalho dos vereadores.

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À reportagem, o peemedebista disse que os parlamentares têm direito e obrigação institucional de fiscalizar o serviço público municipal e que, por isso, não se importa com a moção da pasta. “Eu diria que a recípocra é verdadeira. O repúdio que a senhora secretária tem é o mesmo que a CEI tem do trabalho que ela tem feito”, afirmou.

Os vereadores estiveram na manhã da última quarta-feira (1º/11) na Superintendência de Regulação e Políticas de Saúde da capital, onde se depararam com uma situação preocupante: dos 133 médicos lotados no departamento, apenas quatro estavam trabalhando.

No comunicado emitido em resposta à visita surpresa, a gestão do prefeito Iris Rezende (PMDB) afirma que os vereadores agem para desqualificar profissionais em um “comportamento nada republicano”. Alega, ainda, que a condução da agenda nas unidades de saúde pela CEI “desrespeita médicos, enfermeiros e outros profissionais”.

Ao Jornal Opção, Clécio Alves não poupa críticas à gestão da secretária Fátima Mrué e reforça que pretende ampliar o número de visitas semanais às unidades de saúde do município. “Não representa nada. Agora, ao invés de fazermos uma ou duas visitas por semana, se brincar vamos fazer é cinco”, afirmou.

O presidente lembra também que a secretária tem evitado responder os questionamentos dos vereadores quanto à falta de médicos e de outros profissionais na rede pública da capital. E, mais uma vez, coloca em descrédito o posicionamento da pasta.

“Repúdio da secretaria é mesmo que nada. Não queremos saber se ela está feliz ou não. Ela pode se preparar, porque não vamos nos intimidar. Serviço desastroso é o que a senhora Fátima Mrué tem feito à frente da secretaria”, finaliza.